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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

EFEITOS TÓXICOS DA EXPOSIÇÃO A BAIXAS CONCENTRAÇÕES DE CHUMBO E MERCÚRIO SOBRE AS PRESSÕES ARTERIAIS DE RATOS

Larissa Firme Rodrigues, Bárbara Ahnert Blanco de Moura Magalhães, Maylla Ronacher Simões, Dalton Valentim Vassallo
Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (EMESCAM) - Vitória - Espírito Santo - Brasil, UFES - Vitória - Espírito Santo - Brasil

 

Introdução: A exposição crônica a metais pesados está associada ao desenvolvimento e instalação de doenças cardiovasculares. Achados prévios na literatura demonstram os efeitos do chumbo e do mercúrio isoladamente sobre o sistema cardiovascular e, tendo em vista que a exposição a esses metais é um risco para as doenças cardiovasculares precisando de regulamentação quanto aos seus níveis para as pessoas expostas e não-expostas, o objetivo deste trabalho foi avaliar após 30 dias, se são potencializados os efeitos da associação de baixas doses de chumbo e mercúrio sobre as pressões arteriais. Métodos: Ratos Wistar, com 12 semanas, foram separados em 2 grupos. O controle (Ct), recebeu salina, e o outro grupo foi tratado com chumbo e mercúrio (PbHg), recebendo injeção intramuscular de acetato de chumbo, na face interna das patas traseiras, primeira dose 4 µg/ 100 g, doses subsequentes: 0,05 µg/ 100 g, e de cloreto de mercúrio sendo a primeira dose de 2,17 µg/kg e as subsequentes de 0,035 µg/kg/dia, ambos por 30 dias. A artéria carótida direita foi canulada com cateter de polietileno heparinizado e conectado a um sistema de aquisição de dados para medir parâmetros hemodinâmicos. Resultados: Não houve diferença entre o peso dos animais dos dois grupos. A pressão arterial sistólica (Ct: 94,41 ± 3,52 versus PbHg: 129,5 ± 6,63 mmHg, p<0,05, n=7-11) e diastólica (Ct: 71,70 ± 2,79 versus PbHg: 97,42 ± 5,54 mmHg, p<0,05, n=6-8) mostraram aumento significante. A frequência cardíaca não apresentou diferença entre os grupos (Ct: 229,2 ± 4,60 versus PbHg: 242,4 ± 5,61 bpm, p>0,05, n=9-10). Avaliamos hipertrofia do ventrículo esquerdo (VE) através de seu peso úmido (Ct: 0,524 ± 0,017 versus PbHg: 0,666 ± 0,024 g, p<0,05), seco (0,122 ± 0,003 versus 0,152 ± 0,005 g, p<0,05) e da relação peso seco do VE (g) /comprimento da tíbia (mm) x 1000 (Ct:3,50 ± 0,05 versus PbHg: 4,16 ± 0,16 g/mm, p<0,05), e houve diferença significante entre os grupos, demonstrando aumento da massa do VE no grupo tratado. Análise estatística: Teste t de Student não pareado. As diferenças foram consideradas estatisticamente significantes quando p<0,05. Conclusões: Este estudo demonstrou que a exposição abaixo dos valores de referência ao chumbo junto ao mercúrio, após 30 dias de tratamento, eleva as pressões arteriais, além de provocarem hipertrofia do ventrículo esquerdo. Não houve, porém, alteração da frequência cardíaca. Deste modo, nossos achados sugerem que devem ser revistas suas concentrações consideradas seguras, já que no meio ambiente eles nem sempre se encontram isolados.  

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