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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

ASSOCIAÇÃO ENTRE PADRÃO PRESSÓRICO NOTURNO E POLISSONOGRÁFICO EM HIPERTENSOS RESISTENTES COM RIGIDEZ AÓRTICA

Hugo Farah Affonso Alves, Lucca Kimura, João Gabriel Vallaperde, Vitor nolasco, João Gabriel Bezerra, Larissa Oliveira, Bianca Viegas, Christian Roderjan, Elizabeth Muxfeldt
Hospital Universitário Clementino Fraga Filho - Rio de janeiro - Rio de janeiro - Brasil, Faculdade De Medicina Da Universidade Federal Do Rio De Janeiro - Rio de janeiro - Rio de janeiro - Brasil

INTRODUÇÃO: Hipertensão Arterial Resistente (HAR) está associada ao maior risco cardiovascular. O padrão não dipper e a rigidez aórtica (RA) medida pela Velocidade de Onda de Pulso (VOP) são fatores de risco independentes para os eventos cardiovasculares (CV). Porém, há poucos estudos avaliando a associação entre HAR, descenso noturno, qualidade de sono e RA. O objetivo desse estudo é avaliar a relação entre a rigidez arterial medida pela VOP e o padrão pressórico noturno e polissonográfico de hipertensos resistentes com RA aumentada.

MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo transversal que incluiu 376 pacientes de uma grande coorte de hipertensos resistentes. Foram registradas as características clínicas e todos foram submetidos à medida de VOP, MAPA de 24 horas e polissonografia. A análise bivariada comparou os pacientes com VOP maior ou menor que 10m/s.

RESULTADOS: Dos 376 pacientes, 117 (31%) eram homens com média de idade de 63 (10) anos. Um total de 63 pacientes (17%) apresentava uma VOP > 10m/s. Estes eram idosos e obesos com maior prevalência de diabetes e microalbuminúria. Níveis pressóricos de consultório e de MAPA foram semelhantes, porém os indivíduos com RA aumentada apresentaram menor descenso noturno sistólico (4,7 ± 2,7 vs 8,6 ± 2,3%, p<0,001) e maior prevalência do padrão não dipper (68% vs 53%,p=0,02). Tinham maior índice de movimentos periódicos das pernas (15,3 vs 7,7; p=0,014). Embora sem significância estatística, apresentavam maior prevalência de AOS moderada e grave, maior latência para o sono REM, menor eficiência do sono, maior tempo de saturação de oxigênio abaixo de 90% e maior índice de despertares.

CONCLUSÃO: Os indivíduos com VOP aumentada apresentam um perfil pressórico noturno e polissonográfico mais crítico, possivelmente relacionado a um maior risco CV, apontando para a importância de avaliar estes parâmetros em hipertensos resistentes.

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