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A maior elevação matinal da pressão arterial na monitorização ambulatorial da pressão arterial está associada a maior pressão de pulso e glicemia de jejum em indivíduos hipertensos e normotensos

Soraya de A. L. V. Silva, Dayane C. de Carvalho, Heno F. Lopes, Ítalo Lazarotto de Oliveira, Luiz Aparecido Bortolotto
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL, Universidade Nove de Julho - São Paulo - SP - Brasil

INTRODUÇÃO: A elevação matinal da pressão arterial, calculada pela diferença entre a pressão sistólica matinal (média das pressões nas primeiras duas horas após o despertar) e a menor pressão sistólica durante o sono (média da pressão mais baixa e das pressões imediatamente antes e após a mais baixa), está à um associada maior risco de eventos cardiovasculares. Sabe-se que maior pressão de pulso também está associada a um maior risco cardiovascular. 

OBJETIVO: Avaliar a associação entre a o aumento da elevação matinal da pressão arterial com o possível aumento da pressão de pulso na monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24 horas.

MATERIAL E MÉTODOS: Foram avaliados 410 pacientes, de ambos os sexos, sendo 188 do sexo masculino e 222 do sexo feminino, com idade média de 59,9±14,5 anos. Eles foram divididos em dois grupos de acordo com o valor da elevação matinal da pressão na monitorização ambulatorial da pressão arterial. Sendo um grupo com elevação matinal ≤ 20 mmHg e o outro com elevação matinal > 20mmHg. Os dois grupos foram comparados em relação a idade, sexo, dados antropométricos (peso, altura, índice de massa corpórea), valores de pressão de pulso nas 24 horas (PP24h), pressão de pulso na vigília (PPv), pressão de pulso durante o sono (PPs), pressão arterial sistólica na vigília (PASv), pressão arterial sistólica no consultório (PASc), valores de glicemia e uso de medicação anti-hipertensiva (inibidores da enzima conversora da angiotensina  ou bloqueadores de receptores da angiotensina, diuréticos, bloqueadores de canais de cálcio). Também foram comparados em relação a dados bioquímicos (colesterol total, LDL-colesterol, HDL-colesterol, triglicérides, ácido úrico e glicose). Para comparação entre os grupos, dados numéricos, foi utilizado o teste t de Student e foi considerado significante o valor de p<0,05.

RESULTADOS: A idade, sexo e o índice de massa corpórea foi semelhante nos dois grupos. Não houve diferença em relação a níveis de colesterol total, LDL-c, HDL-c e ácido úrico. Os valores de PP24h, PPv, PPs, PASv, PASc e valores de glicemia foram significativamente maiores (p<0,05) no grupo com maior elevação matinal de pressão arterial (tabela 1). Não houve diferença entre os grupos em relação ao uso de medicação anti-hipertensiva.

CONCLUSÃO: A maior elevação da pressão arterial matinal está associada a maior pressão de pulso nas 24 horas as custas de maior pressão sistólica e maior glicemia de jejum. O que sugere um possível alvo terapêutico com tomada noturna da medicação anti-hipertensiva. 

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