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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

CORREÇÃO DE PERSISTÊNCIA DO CANAL ARTERIAL EM RECÉM NASCIDOS: SITUAÇÃO NACIONAL E DO ESTADO DE SP

REIS, S. M., MINUCCI, G. S.
Universidade Federal de São João del-Rei - São João del-Rei - MG - Brasil

Introdução: O canal arterial é um largo vaso que tem a função de comunicar a artéria pulmonar com a artéria aorta no feto, sendo essencial na vida intra-útero, mas dispensável após o nascimento. O fechamento funcional do canal arterial do recém-nascido a termo ocorre entre 48 a 72 horas após o nascimento em 90% dos recém-nascidos com mais de 30 semanas de idade gestacional. Quando o ducto permanece aberto após 72 horas, pode-se considerar a Persistência do Canal Arterial (PCA). Dentre as complicações associadas estão: insuficiência cardíaca, hemorragia cerebral peri-intraventricular, disfunção renal, enterocolite necrosante, displasia broncopulmonar e hemorragia pulmonar e óbito.Objetivos: Analisar e comparar dados das internações relativas à correção de PCA nos últimos 5 anos no Brasil e em São Paulo. Métodos: A partir da base de dados de domínio público DATASUS, foram coletadas informações acerca do número, valor total e valor médio de internações, tempo médio de permanência, óbitos e taxa de mortalidade comparando o estado de São Paulo com o país dentre os anos de 2015 e 2019. Resultados: No período analisado, foram registradas 774 internações no Brasil para correção de PCA em recém nascidos, 204 (26,35%) em 2015, quando houve maior número de internações, e 57 (7,36%) em 2019, ano com menor número registrado, tendo-se uma redução de 71% no número de procedimentos. Observou-se que 226 internações para realização desses procedimentos aconteceram no estado de São Paulo, o que corresponde a 29,19% do total registrado no país. O tempo médio de hospitalização foi de 30,9 dias no estado, com uma redução do 67% no tempo durante o período; enquanto no Brasil, a média foi de 27,8 dias no Brasil, com redução de 70%. Quanto a taxa de mortalidade, constatou-se uma média de 7,49% no Brasil e de 7,52% em São Paulo e ambos sofreram acentuada queda nos valores durante o período. O valor médio por internação para correção de PCA no recém nascido nos últimos cinco anos no Brasil foi de R$ 14.939,37, com diminuição do valor médio durante o período de 57%; enquanto em São Paulo o valor foi de R$ 16.230,62, com redução de 66%. Conclusão: Pode-se concluir que o estado de São Paulo contribui com o maior número de internações para realização de correção de PCA em recém nascidos (29,19%) no país e tem uma média ligeiramente maior no tempo de internação pós-cirúrgica (30,9 dias comparado a 27,8 dias). No entanto o estado acompanhou as quedas apresentadas em nível nacional quanto às taxas de mortalidade, tempo de permanência e valor médio para realização do procedimento.

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