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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

QUAL O PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES INTERNADOS POR MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO EM SÃO PAULO?

REIS, S. M., MINUCCI, G. S.
Universidade Federal de São João del-Rei - São João del Rei - MG - Brasil

Introdução: Malformações congênitas do aparelho circulatório (MCAC) são anomalias que afetam o aparelho circulatório funcional ou estruturalmente. Essas alterações são originadas durante o desenvolvimento do feto e são causadas por múltiplos fatores, dentre eles genéticos, ambientais, socioeconômicos, nutricionais e/ou infecciosos. Objetivos: Identificar o perfil dos pacientes que apresentam MCAC no estado de São Paulo (SP) de acordo com sexo e faixa etária; e avaliar o impacto do gênero e da faixa etárias nessas internações. Métodos: A partir do DATASUS, foram coletadas informações acerca dos dados de internações nos pacientes com MCAC no estado de SP dentre os anos de 2015 e 2019. Resultados: No período analisado, foi registrado o total de 21.011 internações devido a MCAC no estado de SP. Em relação à idade, a maior parte das internações ocorreu na faixa etária (FE) menor de 1 ano (9.441), correspondendo a 44,93% do total. Em segundo lugar, as internações de indivíduos entre 1 a 4 anos de idade totalizaram o número de 1.769 (8,41%). Nas FE em diante, há um decréscimo gradativo e significativo nos números e o restante não ultrapassa a casa das centenas nos valores de internações. Considerando os óbitos, a FE menor de 1 ano apresentou o maior número (901), correspondendo a 77,80% do total (1158). Porém, a taxa de mortalidade é maior na FE dos 80 anos e mais, sendo de 15,63% em comparação com 9,54% da FE de 1 ano. Em relação ao sexo, do total de internações nesse período 10.389 foram do sexo masculino (M) e 10.622 do sexo feminino (F). Apenas na FE menor de 1 ano houve predomínio do M (5.037 internações) em contraste com o F (4.404). Em todas as outras FE’s (1 a 4 anos, 5 a 9, 10 a 14, 15 a 19, 20 a 29, 30 a 39, 40 a 49, 50 a 59, 60 a 69, 70 a 79, 80 e mais) o predomínio é de internações referentes ao F. O valor médio por internação do M foi de R$ 13.056,12 em comparação com o valor médio de 12.038,11 do F. O M apresentou 618 óbitos em contraste com o 540 óbitos do F, apresentando taxas de mortalidade de 5,95% e 5,08% respectivamente. Conclusão: Os pacientes que são internados por MCAC no estado de SP tendem a ser do F e terem menos que 1 ano de idade. Os pacientes do M representam a menor parte das internações e geram maior valor de custo por internação, porém apresentam maior número de óbitos e maior taxa de mortalidade se comparado ao F. Além disso, pacientes com 80 anos ou mais, apesar do menor número de internações, têm a maior taxa de mortalidade, indicando a redução da expectativa de vida dos portadores dessas malformações.

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