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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Anomalia de artéria coronária e prescrição de prática esportiva: nove casos de coronária anômala em atletas

AR, LOUREIRO, MDC, FLEURY, JG, MOTA, LCA, ALBURQUERQUE, B, BASSANEZE, RC, FRANCISCO, TG, GARCIA, N, GHORAYEB
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

Introdução: As anomalias da artéria coronária (AAC) são descritas comoa segunda causa de morte súbita em atletas jovens nos Estados Unidos e Europa. São classificadas mais comumente em anomalias de trajeto (TR) ou origem, tais como: coronária originada do tronco pulmonar e coronária direita ou esquerda com origem no seio coronariano oposto. As formas hemodinamicamente significantes, que oferecem maior risco, são aquelas com TR interarterial (TI) ou de origem da artéria pulmonar. A pesquisa de isquemia (IQ) é crucial  nesses pacientes, sua fisiopatologia inclui a dilatação dos vasos adjacentes, formação de ângulo agudo no TR da artéria, espasmos dos vasos anômalos e TR intramural proximal ao vaso, sendo queepisódios recorrentes de IQpodem gerar substrato arritmogênico. A maioria dos pacienteséassintomática ou apresenta sintomas inespecíficos, o que torna o diagnóstico um desafio. Eletrocardiograma, teste ergométrico e ecocardiograma possuem limitações, sendo o padrão ouro a angiotomografia coronariana contrastada. Tanto o aconselhamento médico para liberação de exercícios físicos quanto a decisão clinica ou cirúrgica ainda necessitam de evidências científicas mais robustas. O objetivo deste trabalho é apresentar casos de AAC em pacientes ativos para análise de métodos diagnósticos, conduta quanto a prescrição de exercício, intervenção e prognóstico. Métodos: Foram revisados e comparados os prontuários de nove pacientes acompanhados em serviço de referência em cardiologia do estado de São Paulo no setor de cardiologia do esporte. Resultados: a idade variou entre 16 e 60 anos, sendo todos do sexo masculino e praticantes de atividade física, apenas três a nível profissional. Apenas dois apresentavam algum sintomapreviamente ao diagnóstico. Em seis casos a coronária percorria TI, a maioria destes apresentava alterações isquêmicas. Nos casos com IQsuspeita ou confirmada, a prática de exercício foi suspensa, dois pacientes foram submetidos à cirurgia sendo liberados após o procedimento. Conclusão: a melhor conduta frente à AAC ainda necessita de estudo, a suspensão da atividade física visa a prevenção da morte súbita, já que os sintomas quando presentes são mais frequentes ao esforço, contudo o mecanismo do evento ainda é incerto. A conduta cirúrgica, como revascularização ou endoprótese, apesar de feita nos casos de TI ou evidência de IQ, ainda tem benefício controverso na mortalidade.

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