SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO: COMO SE CONFIGURAM AS INTERNAÇÕES NO ESTADO DE SÃO PAULO?

REIS, S. M., MINUCCI, G. S., HERNANDES, B. L. T, PIMENTA, S. M. P, VASCONCELLOS, R. C
Universidade Federal de São João del-Rei - São João del Rei - MG - Brasil

Introdução: Malformações congênitas (MC) são anomalias funcionais ou estruturais originadas durante o desenvolvimento fetal e causadas por fatores genéticos, ambientais, socioeconômicos, nutricionais e/ou infecciosos. No Brasil, as MC são a segunda maior causa de mortalidade infantil, perdendo apenas para prematuridade. As MC ocorrem frequentemente no aparelho circulatório e resultam em alterações no coração, septos, câmaras cardíacas, valvas, grandes vasos e/ou vasos periféricos, podendo ter apresentações e evoluções variadas, desde assintomáticas à sintomatologia significativa e alta mortalidade. Objetivos: Analisar e comparar os dados das internações relativas às diferentes malformações congênitas e as internações por malformações congênitas do aparelho circulatório (MCAC) em São Paulo (SP); investigar o impacto das MCAC diante a totalidade das MC em SP. Métodos:  A partir da base de dados de domínio público DATASUS, foram coletadas informações acerca do número, valor total e valor médio de internações, tempo médio de permanência, óbitos e taxa de mortalidade comparando as diferentes MC, a somatória dessas e as que afetam o aparelho circulatório no estado de SP dentre os anos de 2015 e 2019. Resultados: No período analisado, foi registrado o total de 120.850 internações hospitalares pelos diferentes tipos de malformações congênitas. Dentre essas, 21.011 ocorreram por MCAC, o que corresponde a 17,38% do total, ocupando a terceira posição. As internações por MCAC apresentaram o maior valor total (R$ 263.508.848,72) dentre as demais MC, representando 67,47% do valor total (R$ 390.523.408,18). O valor médio por internação (R$ 12.541,47) foi o maior se comparado com os outros tipos de MC, correspondendo a um aumento do valor médio geral (R$ 3.231,47) em cerca de 288%. Em relação à média de permanência, as internações por malformações congênitas do aparelho circulatório apresentaram duração média de 11,7 dias, cerca de 154,34% maior que a média de permanência geral de MC (4,6 dias). A quantidade de óbitos foi a maior, sendo de 1.158 óbitos, correspondendo 50,70% do total por MC (2.284). A taxa de mortalidade foi de 5,51%, sendo a quarta maior dentre as MC’s. Conclusão: Pode-se concluir que as MCAC são as responsáveis pelo maior número de internações e de óbitos do estado de SP se comparado às outras MC. Além disso, embora possua a quarta maior média de permanência hospitalar, apresenta o maior valor médio por internação dentre todas as outras malformações congênitas, evidenciando seu alto custo.

 

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

41º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo