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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

ANÁLISE DA DURABILIDADE E PERFIL HEMODINÂMICO DA BIOPRÓTESE EPIC. UM FOLLOW UP DE 10 ANOS.

MANUEL FELIPE DE MORAIS SANTOS, AURISTELA ISABEL DE OLIVEIRA RAMOS, TIAGO COSTA BIGNOTO, RENATO TAMBELLINI ARNONI, DORIVAL JULIO DELLA TOGNA, ISABELLA DE CAMARGO PRETO PISCOPO, GIOVANA EL KHOURI BECHARA, VINÍCIUS BATISTA CARLESSO
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

INTRODUÇÃO: A doença valvar é responsável por acometer mais de 100 milhões de pessoas no mundo e a substituição valvar em geral é o tratamento de escolha. As próteses biológicas são propensas à degeneração valvar estrutural (DVE), seja por um processo multifatorial mediado pela calcificação do tecido conjuntivo, ou pela deterioração do colágeno, o que leva a disfunção protética (estenose e /ou desgaste) e interfere na sua durabilidade. Os autores tiveram como objetivo avaliar o desempenho hemodinâmico da biopróteseEpicTM (prótese com terapia anticalcífica) em pacientes submetidos a cirurgia de troca valvar, bem como sua durabilidade e eventuais complicações como trombose, fratura e/ou disfunção. MÉTODOS: Foram analisados um total de 104 pacientes submetidos à troca valvar no período de 2002 a 2008, cuja média das idades foi de 38,9 anos±16,8 anos, sendo observada uma idade mínima de 9 anos e máxima de 73 anos. Os pacientes foram alocados em grupo de próteses sendo somente mitral (n: 38); somente aórtico (n:43); somente tricúspide (n:7) e mitro-aórtico (n: 16) e analisados conforme as caratéristicas pré e pós operatórias, além do seguimento pós cirúrgico. RESULTADOS: Dentro da amostra de 104 pacientes foi possível avaliar o seguimento em 99 pacientes. No grupo somente mitral encontramos um porcetagem maior de paciente do sexo feminino, com ritmo de FA/flutter e febre reumática. No grupo aórtico pacientes do sexo masculino, com hipertensão e ritmo sinusal. No grupo tricúspide os pacientes eram mais jovens e com ritmo de MP. O tempo médio livre de reoperação foi de 12,99 anos (IC 12,09-13,89). A curva livre de reoperação foi 98±1,4% em 3 anos, 95±2,2% em 5 anos 85±3,6% em 10 anos. Não foi observado nenhum óbito no grupos grupos avaliados. Reoperação foi realizada em 21 pts (5 por EI, 2 por VPP, 1 por trombose de prótese e 13 por disfunção estrutural da prótese). O tipo da disfunção foi estenose em 7pts e fratura do folheto em quatro pacientes Entre os 13 pacientes (12,5%) reoperados por disfunção da prótese, 2 eram mitrais, 7 aórticos, 3 tricúspides e 1 mitro/aórtico. Na análise multivariada observaos que os pacientes tabagistas tinha 10,6 vezes mais risco de evoluir com disfunção e a idade foi um fator protetor. CONCLUSÕES: Apesar da amostra estudada ter 78% dos pacientes com menos de 50 anos de idade a evolução tardia (13 anos) pós implante da prótese EPIC foi muito favorável, com mortalidade zero e curva livre de reoperação de 85±3,6 % em 10 anos. Disfunção estrutural ocorreu em 12,5%  A incidência de reoperação foi maior nos pacientes mais jovens.

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