Introdução: A dispneia é o sintoma mais frequentemente relatado por pacientes com disfunções cardiorrespiratórias (DCR), obesos e idosos. Recentemente, a dispneia na flexão anterior do tórax, a bendopneia (BDP) foi descrita entre os pacientes com insuficiência cardíaca. A força muscular inspiratória (FMR) utiliza os níveis reais da PImax como um marcador de informações prognóstica. Não é sabido se há associação entre a FMR e a bendopneia.
Objetivo: Estimar a associação da bendopneia com a FMR e com parâmetros funcionais em uma população com disfunção cardiorrespiratória na atenção primária.
Métodos: Estudo transversal que incluiu 250 indivíduos de 45-90 anos, sorteados aleatoriamente entre os 633 cadastrados no programa Médico de Família de uma cidade do Estado do Rio. Os participantes foram submetidos à uma avaliação clínico-funcional, à pesquisa da BDP, exames laboratoriais, ECG e ecocardiograma, em um único dia.
Resultados: A BDP foi positiva em 24 pacientes, do total da amostra avaliada, que foram separados em dois grupos: G1 com FMR reduzida (22pcts) e G2 com a força respiratória preservada. No G1, a BDP apresentou uma relevante correlação do menor tempo de BDP (19±9 s) com a redução no valor da FMR (37±12cmH2O). O G2 com parâmetros de normalidade da FMR (94±15 cmH2O),
Discussão: Um estudo prévio, sugere que a BDN se correlaciona com um aumento dos índices de pressões de enchimento do coração esquerdo. O estado de congestão evidente na BDP pode interferir na capacidade funcional e nas AVDs, como intolerância na postura de flexão do tronco (calçar meias ou sapatos, etc). Este sintoma no exame clínico-funcional pode auxiliar uma conduta mais acurada para a prescrição do Fisioterapeuta
Conclusão: A BDP no presente estudo sugere que: Quanto pior a FMR determinada pela PImax, menor o tempo de aparecimento da BDP durante a pesquisa do sintoma. Incorporar a pesquisa da BDP na avaliação funcional do Fisioterapeuta, poderá acrescentar um importante dado clinico para essa avaliação e para tomada de decisão clinica