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Hiperaldosteronismo Primário: Diagnóstico e Conduta.

Miqueletti, EJ, Carvalho, AM, Corrêa, GR, Melo, ILR, Luciano, LL
Universidade José do Rosário Vellano - UNIFENAS - Alfenas - Minas Gerais - Brasil

 

 

Título: Hiperaldosteronismo Primário: Diagnóstico e Conduta.

INTRODUÇÃO: o hiperaldosteronismo primário (HAP) apresenta-se classicamente como hipertensão arterial (HA) resistente a tratamento e hipocalemia. Causa frequente é o adenoma de suprarrenal produtor de aldosterona e menos comumente hiperplasia adrenal ou carcinoma. Demora diagnóstica pode acarretar insuficiência cardíaca, AVC, retinopatia hipertensiva e outras patologias.

DESCRIÇÃO DO CASO: homem, 59 anos, hipertensão arterial (HA) resistente a tratamento, embora aderente a tratamento, e hipocalemia há 5 anos na ausência de uso de diurético. Potássio recente: 2,8 mEq/L. Assim, formulou-se hipótese de HAP. Aferiram-se aldosterona plasmática de 23,3 ng/dL (Valor Referencial: 1,8 a 23,2 ng/dL) e atividade de renina plasmática de 0,07 ng/mL/h (Valor Referencial: 0,32 a 1,84 ng/mL/h). A relação plasmática aldosterona/renina maior que 25 é padrão-ouro para hipótese de HAP. Valor da relação em nosso caso: 3,33. Este padrão tem 95% de sensibilidade e 75% de especificidade. Mas sofre influência da variação da secreção de aldosterona no ciclo circadiano além de medicamentos em uso.  Assim, optou-se por realizar ressonância magnética (RM) de abdome, detectando-se nódulo em suprarrenal esquerda, de contornos regulares, medindo 1,21 x 0,82 cm. Esta imagem levou a dosar catecolaminas/metanefrinas plasmáticas, cujos resultados normais afastaram feocromocitoma. Inicialmente, bloqueou-se a aldosterona com espironolactona 50 mg/dia, alcançando pressão arterial (PA) 120/80 mmHg, mas mantendo-se as medicações   prescritas: anlodipino 5 mg/dia, nebivolol 5mg/dia, losartana 50 mg de 12-12 h. Tendo-se controle da PA, considerando-se o aspecto geral do tumor) limites definidos, pequenas dimensões (menor que 3 cm), propôs-se tratamento clínico com acompanhamento anual por exames bioquímicos e de imagem, embora aventando possibilidade de adrenalectomia unilateral. O paciente optou pelo tratamento clínico.

 CONCLUSÕES: que A Clínica é Soberana é óbvio. Mas, na prática médica, frequentemente, o óbvio não é percebido ou é negligenciado, o que custou anos de sofrimento a este paciente, com frequentes corridas aos Pronto-Socorros. Formação médica deficiente, inexperiência profissional, relação médico-paciente frágil? Por outro lado, pergunta-se: tumor pequeno, aparentemente benigno, HA controlada, basta tratamento clínico com controle periódico por bioquímica e imagens?  

Palavras-chave: hiperaldosteronismo; diagnóstico; conduta.

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