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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Perfil demográfico e epidemiológico de um serviço ambulatorial terciário especializado em cardio-oncologia vinculado ao sistema único de saúde no Brasil

Bruno Cesar Bacchiega, Heloisa H. M. C. Lopes, Fabiano R. Lucchesi, Carlos E. Paiva, Domicio C. Lacerda, Cristiano P. Souza, Alan F. B. Secco, Joao C. Resende, Marina M. C. Zorzetto
Hospital de Amor Barretos - Barretos - SP - Brasil

Introdução: Os serviços de cardiologia especializados em complicações cardiovasculares em oncologia são importantes para melhorar o atendimento geral a pacientes com câncer. A realidade desses serviços no Brasil ainda é desconhecida.

Métodos: Estudo prospectivo, observacional e transversal, realizado no Hospital de Amor de Barretos, no período de 1 de fevereiro de 2018 a 30 de maio de 2019, incluindo todos os pacientes avaliados no ambulatório de cardio-oncologia. Dados antropométricos, tipo de neoplasia, critérios de cardiomiopatia induzida por quimioterapia, classe funcional e terapias cardiovasculares foram avaliados.

Resultados: Foram avaliados 112 pacientes do sistema público de saúde. Eram 76 (67,9%) mulheres, com idade média de 48 anos. Tempo médio de espera pela consulta cardiológica: 20 dias. O câncer mais comum foi o adenocarcinoma de mama com 48 (42,86%) casos, dentre estes, 27 (24,1% do total) tinha receptor tipo 2 do fator de crescimento epidérmico humano (HER2 +). Cardiomiopatia induzida por quimioterapia foi observada em 49 (47,1%) indivíduos. O método de avaliação da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE)foi preferencialmente: ventriculografia radioisotópica (MUGA)em 26 pacientes (53,1%) seguida pela ecocardiografia em 23 indivíduos (46,9%). Os estágios da classe funcional pela New York Heart Association (NYHA): I – 19 pacientes (38,8%). II – 25 (51%). III 4 (8,2%). IV – 1 (2%). Estadiamento da insuficiência cardíaca sistólica do ventrículo esquerdo: 18 pacientes com FEVE preservada (36,73%), 27 (55,1%) com FEVE intermediária e FEVE reduzida em 4 (8,17%) indivíduos. Todos os pacientes com cardiomiopatia induzida por quimioterapia receberam carvedilol. Enalapril ou Losartana foram prescritos em 38 (79,2%). Espironolactona em 12 (24,44%) e estatina em 4 (8,16%). Nenhum paciente em uso de ivabradina, sacubitril/valsartana ou inibidores do cotransportador sódio-glicose2.

Conclusão: A estruturação dos serviços de cardio-oncologia no Brasil é de suma importância  frete ao grande número de casos de câncer e da elevada toxicidade do seu tratamento.

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