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Avaliação de fatores de risco para doenças cardiovasculares em estudantes de medicina de uma universidade da Grande São Paulo

Rafaella Alves de Almeida, Ana Carolina Borges Amaral, Atamys Cordeiro de Melo, Leticia Rodrigues Gatti Perez, Débora Alessandra de Castro Gomes
USCS - Univ. Municipal de S. C. do Sul - São Caetano do Sul - SP - Brasil

Introdução:As doenças cardiovasculares (DCV)constituem uma das enfermidades que mais acomete a humanidade, sendo responsável por aproximadamente 70% das mortes no mundo. Trata-se de uma condição multifatorial que abrange fatores modificáveis e não modificáveis. Sabe-se que muitas destas condições são adquiridas na adolescência e tendem a persistir até a maioridade, acentuando o risco de morbimortalidade na vida adulta. Assim, surge o questionamento se o conhecimento adquirido, por jovens universitários, ao longo do curso de medicina é suficiente para melhorar as condições de saúde deles ou a rotina do curso dificulta a obtenção de hábitos de vida mais saudáveis.

Metodologia:Realizou-se um estudo de corte transversal observacional, através de um questionário com questões de múltipla escolha a estudantes de medicina no segundo semestre de 2019 . Sua confecção foi baseada no Questionário Internacional de Atividade Física - IPAQ, Questionário de Tolerância de Fagëstrom e oAlcohol Use Disorder Identification Test.Foram avaliadas características sociodemograficas e a presença de fatores de risco modificáveis e não modificáveis para DCV. Dados antropométricos foram obtidos através de exame físico. Análise exploratória de dados ocorreu através de medidas resumo (média, desvio padrão, mínimo, mediana, máximo, frequência e porcentagem) para construção de gráficos e tabelas.

Resultados:Respondeu ao questionário 398 alunos. A média de idade foi 22,8 anos (desvio-padrão: 3,81), a maioria era do sexo feminino, caucasiano e já havia cursado mais da metade do curso.Evidenciou-se um aumento dos principais fatores de risco para DCV ao longo dos anos. Dentre os fatores modificáveis, destacou-se o sedentarismo referido por 65,9% no inicio do curso passando para 83,8% nos últimos anos. A ingestão de processados e frituras passou de 50,7% para 87,4% e o estresse foi referido por mais de 86% dos alunos ao longo dos anos, atingindo  91,9% na época do internato. Dentre os fatores não modificáveis, destacou-se o antecedente familiar para algumas doenças crônicas, como hipertensão arterial sistêmica referido por 43,5% dos entrevistados, dislipidemia por 32,1% e diabetes mellitus por 27,1%.

Conclusão:A presença de fatores de risco não modificáveis foi alto em todos os semestre do curso e os modificáveis apresentaram um aumento da sua incidência, principalmente no internato. Evidenciando a existência de lacunas entre o conhecimento e a prática diária, sugerindo a necessidade de implementação de estratégias de prevençao e alerta  à ocorrência de DCV, ao longo do curso.

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