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Comparação do FFRct com Cintilografia de Perfusão Miocárdica na pesquisa de isquemia miocárdica em um cenário da vida real.

Carlos Eduardo E. dos Prazeres, Isaac Torquato Moraes e Silva, Natália Boing Salvatti, Ana Carolina Proença Costa, Douglas Carli Silva, Camila Gomes Silveira, Adriano C C Carneiro, Valeria de Melo Moreira, Tiago Magalhães, Carlos Rochitte
HOSPITAL DO CORAÇÃO - - SP - BRASIL

Introdução: A avaliação da doença arterial coronariana (DAC) pela Angiotomografia de Coronárias (TCCor) é um método acurado, porém limitado para determinar quais estenoses causam isquemia. A Cintilografia de Perfusão Miocárdica (CPM) é amplamente utilizada como método funcional na pesquisa de isquemia miocárdica. A nova análise de FFR pela TCCor (FFRct) tem a possibilidade de, em um único método, permitir a avaliação anatômica e funcional da DAC.

O objetivo deste estudo foi avaliar a incorporação do FFRct no fluxo diagnóstico de isquemia miocárdica, comparado a CPM.

Método: Retrospectivamente, avaliou-se pacientes (pcts) submetidos a TCCor e CPM com intervalo de até 6 meses, todos com estenoses significativas pela TCCor (≥50%). O FFRct foi avaliado por um pesquisador independente e não interferiu na conduta clínica, sendo considerado positivo quando ≤0,8. 

Resultados: Um total de 49 pcts foram incluídos (33 homens, idade média 64a). O escore de cálcio mediano foi 182,65, com 41 estenoses moderadas e 31 importantes. 41% dos pcts apresentaram resultado alterado na CPM, e somente um com isquemia >10% de extensão. FFRct<0,8 foi observado em 39% dos pcts. A concordância entre FFRct x CPM foi observada em 45% dos pcts para qualquer grau de isquemia na CPM (k=-0,04), e em 67% dos pcts quando se consideradou >10% de extensão de isquemia (k=0,07). 25 pcts realizaram CATE, sendo 60% submetidos à revascularização (40% com FFRct≤0,8). A concordância entre revascularização e FFRct foi de 80%, sendo que em todos os casos a CPM foi negativa para isquemia.    

Conclusão: A correlação entre o FFRct e CPM na pesquisa de isquemia miocárdica em um grupo de pacientes com carga elevada de DAC e com estenose coronariana significativa em um cenário da vida real foi fraca. O FFRct pode ser uma ferramenta para melhor discriminar os pacientes com estenoses significativas que possuem isquemia, submetendo-os a um número menor de exames.   

 

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