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Cuidado Transicional na Insuficiência Cardíaca: implementação das melhores práticas

Michele Nakahara-Melo, Ana Paula da Conceição, Carla Daniela Ribeiro de Andrade, Diná de Almeida Lopes Monteiro da Cruz, Vilanice Alves de Araujo Püschel
ESCOLA DE ENFERMAGEM DA USP - SÃO PAULO - SP - BRASIL, INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

Cuidado transicional (CT) trata da continuidade da assistência durante a mudança de um contexto de cuidado para outro(s) , a fim de melhorar a qualidade de vida, reduzir as taxas de morbimortalidade e readmissões hospitalares. Apesar de indicado e benéfico para pessoas com IC, o CT ainda é incipiente no Brasil. Sendo assim, objetivou-se implementar as melhores evidências do CT em pessoas com IC do hospital para o cuidado domiciliar e/ou ambulatorial. Método: Trata-se de um projeto de implementação das melhores evidências do CT entre pessoas com IC em processo de alta hospitalar para o domicílio e/ou acompanhamento ambulatorial, conforme a metodologia desenvolvida pelo Instituto Joanna Briggs (JBI) . Teve como cenário um hospital especializado em cardiologia da cidade de São Paulo e obteve parecer favorável (n0 3.330.791) do Comitê de Ética da instituição. Os critérios auditados em relação à sua conformidade ou não, foram: 1) enfermeiros possuem treinamento de CT na IC; 2) pessoas com IC/cuidadores receberam intervenção educativa com conteúdo do CT na IC; 3) um plano individual de alta hospitalar foi desenvolvido e documentado em prontuário; 4) o CT interligou os contextos hospitalar com o ambulatorial/domiciliar; 5) as necessidades de cuidado foram comunicadas entre os profissionais dos contextos hospitalar/ambulatorial e 6) o acompanhamento pós-alta ocorreu por contato telefônico. Resultados: 14 enfermeiros participaram da auditoria de base e seguimento e 11 pacientes participaram em cada auditoria. Na auditoria de base, apenas o critério 2 obteve 9% de conformidade. As estratégias desenvolvidas e implementadas: capacitação dos enfermeiros com os principais temas do CT na IC; criação institucional da “roda de conversa” semanal com pacientes/acompanhantes e enfermeiros com tema do CT na IC; reformulação da ficha alta hospitalar e orientações de ações de autocuidado, de forma a personalizar e interligar os contextos de cuidado. Cabe destacar que uma via dessa ficha foi anexada no prontuário e a outra entregue ao paciente/cuidador durante a orientação de alta hospitalar e a realizaçãp do contato telefonico em três momentos (7, 14 e 21 dias) após a alta hospitalar. Na auditoria de seguimento, foi avaliado o grau de conformidade, no qual os cinco primeiros critérios auditados obtiveram 100%, o sexto critério 91%. Conclusões: O projeto foi implementado e resultou em mudanças no contexto, resultando na satisfação dos pacientes envolvidos e qualificação do cuidado.

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