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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

MARCADORES INFLAMATÓRIOS E DOENÇA RENAL CRÔNICA

Lucca Hiroshi de Sá Kimura, Hugo Farah, Larissa Gonçalves, Vitor Nolasco, João Gabriel Bezerra, João Gabriel Vallaperde, Bianca Viegas, Arthur Cortez, Elizabeth Muxfeldt
Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - RJ - Brasil, Hospital Universitário Clementino Fraga Filho - Rio de Janeiro - RJ - Brasil

Fundamento: A hipertensão arterial resistente (HAR) definida com a pressão arterial (PA) não controlada apesar do uso de 3 ou mais anti-hipertensivos apresenta uma alta morbimortalidade cardiovascular e prevalência de doença renal crônica (DRC). Níveis pressóricos elevados e lesão renal parecem estar fortemente associados a biomarcadores inflamatórios. O objetivo desse estudo é avaliar a relação entre marcadores inflamatórios e doença renal crônica subclínica e estabelecida em uma grande coorte de pacientes com HAR.

Métodos: Estudo transversal que avaliou 423 hipertensos resistentes (30,5% do sexo masculino, idade média 64 ± 11 anos) submetidos à avaliação da função renal (dosagem de albuminúria e avaliação da taxa de filtração glomerular calculada a partir da fórmula do CKD-EPI) e dosagem dos marcadores inflamatórios: TNF-alfa, MCP-1, E-selectina e PAI-1. Foram registradas as características sócio-demográficas, medidas antropométricas e fatores de risco cardiovasculares (CV). Consideramos DRC subclínica aqueles pacientes com albuminúria moderadamente elevada (30-300mg/g) e/ou TFG entre 30 e 60 ml/min/1,73m2 e DRC estabelecida aqueles que apresentavam albuminúria > 300 mg/g e/ou TFG < 30 ml/min/1,73m2. A análise de variância comparou os níveis séricos dos 4 marcadores inflamatórios e a análise bivariada comparou pacientes com e sem doença renal crônica subclínica e clinicamente estabelecida.

Resultados: A prevalência de DRC estabelecida foi de 7,3% (31 pacientes) e de DRC subclínica foi de 47% (187 pacientes). Pacientes com DRC subclínica eram mais idosos e com maior rigidez arterial (maior velocidade de onda de pulso). Os valores de TNF-alfa (7,1 [4,4-8,6] vs 5,1 [3,2-7,5]) e de MCP-1 (284 [220-379] vs 260 [185-359]) foram significativamente mais elevados nesse grupo de pacientes. Quando analisamos os pacientes com DRC estabelecida observamos que estes apresentam níveis pressóricos mais elevados e que os valores de TNF-alfa (7,8 [5,6-14,0] vs 5,6 [3,5-8,3]) e de E-selectina (54,4 [41,2-61,3] vs 47,8 [32,0-65,3]) foram significativamente maiores neste grupo.

Conclusão: Entre os marcadores inflamatórios avaliados o que se correlacionou mais fortemente com DRC subclínica foram o TNF-alfa e o MCP-1, enquanto aqueles com doença estabelecida apresentam níveis mais elevados TNF-alfa e E-selectina, possivelmente apontando que o MCP-1 seja um marcador mais precoce de lesão renal.

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