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Perfil clínico e socioepidemiológico de ribeirinhos com hipertensão arterial sistêmica

Rafaela Suguimoto, José Anibale Rodrigues Junior, Matheus Henrique Assunção Benevides, Natalia Nagano Nishida, Paolla Marcondes Nhola, Pedro Alvaro Barbosa Aguiar Neves, Giovanna Souza Vasconcellos, Fabiana Moreira Passos Succi, Fabiana Vilarinho Souza
São Leopoldo Mandic - Campinas - São Paulo - Brasil

Perfil clínico e socioepidemiológico de ribeirinhos com hipertensão arterial sistêmica

Introdução

    A hipertensão arterial sistêmica (HAS) configura um grande desafio na saúde pública, uma vez que acomete aproximadamente 21,4% da população brasileira e pode cursar com complicações importantes impactando diretamente na qualidade de vida do indivíduo. O objetivo desse estudo foi descrever a prevalência e o perfil clínico e socioepidemiológico de ribeirinhos com diagnóstico prévio de HAS atendidos durante expedição voluntária de saúde.

Metodologia

Estudo transversal descritivo composto por uma amostra de 330 pacientes residentes em comunidades ribeirinhas dos rios Tapajós e Cupari que foram atendidos durante julho e agosto de 2019.

Foram considerados hipertensos os indivíduos que relataram ter recebido diagnóstico prévio e/ou aqueles que faziam uso de algum fármaco preconizado para o tratamento da HAS. A análise dos dados clínicos e socioeconômicos foi descritiva e as variáveis categóricas expressas em frequências simples.

Resultados

    A prevalência de HAS estabelecida entre os pacientes estudados foi de 24,85%. A média de idade foi de 57 anos. Houve predomínio de pacientes do sexo feminino (59,76%), católicos (65,85%), pardos (74.39%), vivendo em união estável (67,02%) e com renda familiar de até um salário mínimo (78,05%). Em relação às características clínicas, destacaram-se indivíduos com excesso de peso corporal (64,29%), sedentários (54,12%) e com medida de circunferência abdominal acima do ideal (76,83%). Além disso, 51,22% dos pacientes apresentaram alguma comorbidade associada, com destaque para diabetes (52,38%) e obesidade (32,93%). A adesão ao tratamento medicamentoso foi observada em 70,73% dos pacientes hipertensos.

    O estudo foi aprovado pelo Comitê de ética em pesquisa. CAAE: 28381020.5.0000.5374. Número do parecer: 3.840.401

Conclusão

    Apesar do isolamento geográfico e de hábitos de vida singulares, os ribeirinhos da região estudada apresentaram uma taxa de HAS semelhante à observada em grandes centros urbanos. Além disso, observamos que compartilham dos mesmos fatores de risco para HAS estabelecidos na literatura. A baixa condição socioeconômica merece destaque e sugere abordagem e manejo específicos, uma vez que impacta diretamente na adesão ao tratamento, aumento das taxas de complicações e menor qualidade de vida desses pacientes.

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