SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

DESFECHOS FUNCIONAIS DE PACIENTES INTERNADOS ACOMPANHADOS PELO PROGRAMA DE GERENCIAMENTO CLÍNICO EM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

TEIXEIRA, DS, GOMES, RA, OLIVEIRA, CJ, GALACHO, GC, REGENGA, MM
HOSPITAL DO CORAÇÃO - - SP - BRASIL

Introdução: O programa de gerenciamento clínico de pacientes com insuficiência cardíaca (PGCIC), trata-se do acompanhamento contínuo e multiprofissional, com foco na educação e informação após a alta hospitalar. Pacientes com IC comumente apresentam reinternações, resultando em piora clínica e funcional. O escore DEMMI (Morton Mobility Index) é uma ferramenta de avaliação funcional intrahospitalar, de fácil utilização. Uma melhora de 10 pontos reflete a mínima melhora clínica significativa (MMCS), demonstrando efeito da reabilitação, porém não necessariamente resulta numa mudança de domínio funcional, sobretudo em pacientes idosos com pior prognóstico. Neste contexto, o objetivo deste trabalho é analisar os desfechos funcionais de pacientes acompanhados pelo PGCIC em diferentes faixas etárias. Métodos: 67 indivíduos com IC, internados em 2019 e acompanhados pelo PGCIC (FE<45% e Pró-BNP>1000pg/ml), de ambos os sexos, entre 5 e 30 dias de internação. Os pacientes foram divididos em grupos pela faixa etária (décadas de vida: G<60 vs G60 vs G70 vs G80 vs G90). O escore foi avaliado no primeiro atendimento e na alta hospitalar. Para o critério de melhora do domínio funcional (DF), foi considerada a transição de um domínio para outro (transferências, equilíbrio estático, marcha e equilíbrio dinâmico). Foi realizada uma análise descritiva com dados apresentados em média e desvio padrão. Resultados: 62 indivíduos incluídos (excluídos: 2 falhas de processo; 3 por tempo de internação <5 dias), idade (75±58 anos), tempo de internação (6±5 dias). A comparação do DEMMI na avaliação (62±25 pontos) vs DEMMI alta (76±24 pontos) revelou uma melhora funcional. Na comparação entre as diferentes faixas etárias, foi encontrada uma redução no escore com o avanço da idade (G<60: 66±27 vs G60: 68±24 vs G70: 61±25 vs G80: 41±22 vs G90: 35±15). Não foi observado grande diferença de identificação de melhora funcional entre o critério de MMCS (44 indivíduos) e de mudança no domínio funcional (43 indivíduos). 14 (22%) pacientes apresentaram reinternações (entre 2 e 3 internações), com melhora do DEMMI de 11 indivíduos após a última internação (DEMMI 1° internação 43±20 vs DEMMI de alta na última internação: 74±31). Conclusão: A idade parece ser um fator independente para o escore DEMMI em pacientes com IC. Pacientes acompanhados pelo PGCIC apresentam ganho funcional acima da MMCS, mesmo aqueles com múltiplas internações. O acompanhamento contínuo focado na educação dos pacientes com IC, parecem ter grande impacto na funcionalidade, mesmo após múltiplas internações.

 

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

41º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo