Introdução: O termo choque é descrito como falência circulatória aguda que resulta na oferta deficitária de oxigênio para os tecidos. Dentre os tipos possíveis, o choque anafilático (CA) é causado por reação alérgica severa a medicamentos, picada de insetos e/ou alimentos levando a vasodilatação intensa, aumento da permeabilidade vascular e perda de plasma para o espaço intersticial. O tratamento consiste na administração de adrenalina, anti-histamínicos e corticosteróides. Objetivos: Analisar e comparar os dados das internações para tratamento de AVC em situação nacional e no estado de São Paulo (SP); Avaliar o progresso dos dados avaliados durante o período analisado. Métodos: A partir do DATASUS, foram coletadas informações acerca do número, valor total e valor médio de internações, tempo médio de permanência, óbitos e taxa de mortalidade relativas ao tratamento de CA comparando SP com o país dentre os anos de 2015 a 2019. Resultados: No período analisado, foram registrados 3.262 internações para tratamento de CA no país, 704 (21,58%) em 2017, quando houve maior número de internações, e 551 (16,82%) em 2015, ano com menor número registrado. Observou-se que 771 dessas internações aconteceram em SP, o maior valor dentre os estados, o que corresponde a 23,65% do total registrado no país. O tempo médio de hospitalização foi de 3,5 dias no Brasil e de 3,4 dias no estado. As médias mínimas de permanência foram de 3,4 no país (2015, 2017 e 2018) e de 3,0 em SP (2019). O número de óbitos foi de 193 no país e de 45 em SP, o maior valor dentre os estados. Quanto a mortalidade, constatou-se 5,92% no Brasil e 5,84% em SP. A maior taxa de mortalidade foi registrada no ano de 2015 no país com 7,26% e no ano de 2019 em SP com 9,79%. O valor total no país foi de R$ 1.958.773,89 e em SP foi de R$ 488.019,96 (24,91%), o maior dentre todos os estados. O valor médio por internação para tratamento de CA nos últimos cinco anos no Brasil foi de R$ 601,04, tendo sido a maior média registrada em 2016 (R$ 679,12) e a menor em 2017 (R$ 561,99). Em SP, a mesma foi de R$ 632,97, sendo a menor média registrada em 2017 (R$ 469,17). Em 2019, o valor médio permanece abaixo da média dos últimos 5 anos. Conclusão: Pode-se concluir que SP apresenta o maior número de internações e de óbitos e maior valor total para tratamento de CA no Brasil. Além disso, comparando 2019 com os outros anos analisados, houve em SP diminuição do valor médio e da permanência média por internação, o que pode indicar melhora significativa nas técnicas de suporte e de tratamento utilizadas atualmente.
