Estratégias para qualificação da atenção à saúde cardiovascular no SUS Campinas
A demanda reprimida ambulatorial em cardiologia no SUS em Campinas é um problema. Em abril de 2016, existiam 4109 encaminhamentos aguardando agendamento, com um tempo médio de espera de 11,8 meses. Propomos melhorias no acesso ambulatorial, promovendo assim: à equidade da atenção, integralidade do cuidado e, aumento da resolutividade; utilizando ferramentas de apoio matricial. Realizamos análise quantitativa de banco de dados municipais de filas de espera de encaminhamentos de 2014 a 2017; e entrevistas com profissionais da cardiologia envolvidos nas ações de Apoio Matricial realizadas no município realizando análise de conteúdo. Concluímos que após dois anos da ampliação das ações de apoio matricial houve uma queda na demanda reprimida de encaminhamentos em 75%. Em dezembro de 2017, 62,5% das unidades básicas estavam envolvidas em ações de Apoio Matricial. As entrevistas mostraram boa receptividade por parte da atenção básica e, melhor qualificação dos encaminhamentos. A expectativa é que estas ações sejam incorporadas às atribuições vigentes das especialidades promovendo a mudança do modelo segmentado da atenção, baseado em encaminhamentos, e uma maior aproximação dos níveis de atenção primária e secundária. Palavras chave: Educação Continuada, Apoio Matricial, Cardiologia.
