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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Efeito cronotrópico cardíaco em exercício de força para membros inferiores realizado de modo simultâneo x unilateral x alternado em cardiopatas medicados com beta-bloqueador adrenérgico

SOUSA, R.R, BERNINI, G.P, SOUSA, D. K., FLORENTINO, J.O, OLIVEIRA, A.M.S, MESSINA, F.F, FREIRE, R. G, ARAUJO, L.O, BEGNI, R. M.
Cardioclin - Rio de Janeiro - RJ - Brasil

INTRODUÇÃO: Diferentes respostas cardiovasculares podem ser encontradas de acordo com a forma que um determinado exercício de contra resistência é realizado. Dentre tais respostas, encontra-se a frequência cardíaca (FC), que é modulada pelo sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático. Contudo, não foram encontradas informações na literatura a respeito do efeito cronotrópico cardíaco que essas estratégias de execução podem ocasionar em cardiopatas sob efeito de β-bloqueadores adrenérgicos. 

OBJETIVOS: Comparar o comportamento da FC de cardiopatas medicados com β-betabloqueador, após a realização de exercícios bilaterais, unilaterais e alternados para membros inferiores.

MÉTODOS: Oito cardiopatas (idade = 66 ± 6,7 anos) do sexo masculino, praticantes de reabilitação cardíaca há mais de 1 ano, realizaram o exercício de flexão de joelhos na cadeira flexora Buick Brasil. Os voluntários executaram 3 séries de 10 repetições com 2 minutos de intervalo entre elas. A 1ª série foi realizada de modo simultâneo, com carga equivalente a 80% de 5 repetições máximas (5RM) – determinado previamente. A 2ª série foi realizada de modo unilateral e a 3ª série de modo alternado, ambas com carga equivalente a 50% da carga do modo simultâneo. A FC foi medida continuamente, sendo registrado o maior valor apresentado por um cardiofrequêncímetro H10 Polar (Finlândia) pré e pós exercício. O teste de Friedman  foi utilizado para análise estatística, com p < 0,05.

RESULTADOS: Houve diferença estatística significativa (p<0,05) na variação da FC quando comparamos os resultados pré e pós execução dos três modos de exercício. Comparando os deltas (∆ - diferença entre os resultados pré e pós), foram apurados os seguintes resultados: ∆FC bilateral (14,2 ± 6,2 p/ pré = 69,5 ± 6,9 e pós = 83,7 ± 11,9 bpm) < ∆FC alternado (18,1 ± 4,7 p/ pré = 70 ± 7,9 e pós = 88,1 ± 11 bpm), com p = 0,026.  Já os valores do ∆FC unilateral (16 ± 5,4 p/ pré = 69,7 ± 7,5 e pós = 85,7 ± 11,7 bpm), não apresentou diferenças estatísticas em relação aos demais.

CONCLUSÃO: Uma vez que a resposta cronotrópica foi menor na realização da cadeira flexora bilateral, recomenda-se para cardiopatas mais graves e/ou iniciantes no programa de reabilitação cardíaca, a prescrição do modo bilateral previamente ao alternado.

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