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Análise da Mortalidade por Cardiomiopatia no Município de São Paulo no ano de 2017

Júlio Abdala Calil Filho, José Heracles Rodrigues Ribeiro de Almeida, Diogo Hissashi Kyaga, Gabriel Ribeiro de Souza, Jéssica Leitão Morilla, Eduarda Penhalber, Giovanna Nadiak Calil, Arthur Vilar de Oliveira Malheiros
Universidade Santo Amaro - SP - SP - Brasil

 

Introdução: Em dois relatórios da Organização Mundial da Saúde em conjunto com a Federação e Sociedade Internacional de Cardiologia, em seus Consensos (Task Force de 1980, modificado em 1995), a definição dada às cardiomiopatias foi de doença do miocárdio relacionada à disfunção cardíaca, podendo ser classificada de seis diferentes maneiras: dilatada, hipertrófica, restritiva, arritmogênica do ventrículo direito, específica e não classificadas. Objetivo: Analisar a mortalidade por cardiomiopatias nas 6 regiões do município de São Paulo no ano de 2017 relacionando esses dados com variáveis sociais. Métodos: O estudo realizado trata-se de uma pesquisa epidemiológica, descritiva, transversal e retrospectiva. Os dados apresentados foram coletados do banco de Informações de Saúde do DATASUS (TABNET) do ano de 2017, sendo as variáveis utilizadas sexo, cor/raça, idade e escolaridade. Resultados: No ano de 2017 foram registrados 1.057 óbitos por cardiomiopatias no município de São Paulo, sendo 62,2% homens e 37,8% mulheres. As regiões de destaque foram: sudeste, com o maior número de mortes, representando um total de 23,9% e em contrapartida, a região central, com a menor taxa, representando 4,9% dos óbitos. Quanto às outras regiões: leste, 20,4%; norte, 21,2%; oeste, 10,8% e sul, 17%. Com relação aos dados sociais,foi evidenciado que a raça branca foi a mais acometida já que representou 679 mortes (64,2%), seguindo a ordem, a parda (24,3%),a preta (8,6%),a amarela (2,2%) e a indígena (menos de 1%).Observou-se ainda que não houve uma correlação direta do aumento da idade com o aumento de número de casos até os 29 anos, entretanto, após essa idade, essa relação se estabeleceu, quanto maior a idade, mais casos de óbito por cardiomiopatia foram apresentados. Ademais, ressalta-se uma quantidade relevante de mortes a partir dos 75 anos, sendo equivalente a 35,1%. Conforme os dados de escolaridade, aqueles que estudaram de 4-7 anos tiveram os maiores índices, 289 casos, enquanto aqueles que tiveram um tempo de escolaridade maior, 12 anos ou mais, tiveram 79 óbitos.Conclusão: A mortalidade no município de São Paulo por cardiomiopatias em 2017, ocorreu com uma maior prevalência na região sudeste, em pessoas do sexo masculino, da raça branca, em idosos e nos menos escolarizados. A partir desse resultado, o rastreamento da doença pode ser facilitado para os serviços de saúde. Entretanto, ainda é necessária uma melhora na prevenção e no cuidado dos acometidos para que a taxa de mortalidade diminua frente de medidas interventivas rápidas.

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