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Bloqueio contínuo do plano eretor da espinha em cirurgia cardíaca diminui a dor pós-operatória no tórax

Leonardo Veloso do Amaral, Gustavo S. Elmiro, Fabiano Zumpano, Stanley de O. Loyola, Victor Eduardo de A. e França, José Onofre de C. Sobrinho, Artur Henrique de Souza, Maurício L. Prudente, Celina L. Kushida, Giulliano Gardenghi
Hospital ENCORE - Aparecida de Goiânia - GO - Brasil

Introdução: A anestesia na cirurgia cardíaca (CC) vem se modificando ao longo dos anos, evoluindo de técnicas baseadas em altas doses de opióides para as balanceadas, com menor quantidade desses fármacos e desmame precoce de ventilação mecânica. Após cirurgias cardiovasculares a dor na região torácica limita a capacidade ventilatória e pode se relacionar à incapacidade funcional. O bloqueio contínuo do plano eretor da espinha (BPEE) com cateter é uma técnica descrita recentemente e concebida inicialmente para analgesia de fraturas de múltiplas costelas, conferindo boa analgesia da parede torácica. Por ser realizado com ultrassom (US) e não adentrar o neuroeixo, não apresenta as contraindicações deste em relação à anticoagulação. Dessa forma, seu uso seria permitido em pacientes em uso ou que serão anticoagulados no perioperatório, podendo garantir boa analgesia e estabilidade hemodinâmica com efeito poupador de opióides.   Objetivo: Avaliar a percepção dolorosa de indivíduos submetidos à CC em que foi associado BPEE com cateter, para analgesia pós-operatória. Material e Métodos: Foram abordados 7 indivíduos (5 masc.; idade:57,6±16,8 anos; peso:76,9±7,3 Kg; altura:1,7±0,1 metros; IMC:25,8±2,0). Foram utilizados bloqueios bilateralmente em 42,9% dos casos (3 pacientes) e unilateralmente em 57,1% dos casos (4 pacientes). O BPEE guiado por US com inserção de cateter era realizado na unidade de terapia intensiva (UTI) para analgesia pós-operatória. O esquema de analgesia pelo cateter era realizado com Ropivacaína 0,5% 20mL dose de ataque seguido de infusão contínua a 0,24% 10mL/h por 48 horas. No 3º dia de pós-operatório o cateter era retirado, de acordo com o protocolo da instituição. A dor foi avaliada por meio de escala visual analógica. A análise estatística utilizou teste t de Student com significância em 5%. Resultados: Seis pacientes (86%) foram extubados no centro cirúrgico e o paciente restante foi extubado na UTI em 3,8 horas. O tempo de internação médio na unidade de terapia intensiva (UTI) foi de 4,1±0,7 dias e o tempo total de internação foi de 10,4±8,1 dias. A percepção dolorosa dos indivíduos submetidos ao BPEE foi de 5,3±1,9 pontos no pré BPEE versus 1,4±1,5 pontos após o procedimento (p:0,03). Um dos pacientes evoluiu a óbito por sangramento maior após cinco dias na UTI. Conclusão: Na série de casos em questão foi possível demonstrar associação do BPEE com redução de dor pós-operatória, corroborando evidências na literatura que indicam seu uso em CC com objetivo de poupar opioides, garantindo um pós-operatório mais confortável aos pacientes.

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