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Infarto Agudo do Miocárdio no atleta saudável em uso abusivo de bebida energética

Marina Albanez A de Medeiros, Maria Antonieta Albanez A. de Medeiros Lopes, Heitor Maurício de Medeiros Filho, Heitor Niceas Albanez A. de Medeiros, Raissa Pádua Domingues , Cristiandayse Salazar de Souza, Rayra Pureza Teixeira Barbosa, Carol Daniela Perez iriarte
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL, HOSPITAL MESTRE VITALINO - CARUARU - PE - BRASIL

INTRODUÇÃO: Bebidas energéticas (BEs) estão ganhando popularidade a cada ano,com uma ampla base de consumidores, incluindo jovens, atletas, competidores amadores. As evidências indicam que um número significativo de indivíduos,que consomem a bebida, experimentam morbidade e/ou mortalidade associado ao uso; Como apresentado no ACC 2019, o subestudo do registro “Young MI” mostrou que em pacientes com idade menor de 40 anos, o Infarto agudo do miocárdio (IAM) estava mais associado ao uso dessas substâncias.O objetivo deste relato é demonstrar a associação do uso de energético e IAM em paciente jovem, sem outro fator de risco.

RELATO DE CASO:Paciente do sexo masculino, 37 anos, proveniente de Caruaru-PE, atleta, sem fator de risco cardiovascular. Negava uso de drogas, tabagismo, apenas uso abusivo de energéticos com base de Taurina. Apresentou quadro inicial de dor epigástrica em queimação associada ou não ao esforço. Inicialmente atribuiu sintomas à gastrite, fez endoscopia digestiva alta que apresentou esofagite erosiva leve, fez uso de inibidor de bomba de prótons, sem melhora dos sintomas. Fazia "check up" de rotina, onde realizou teste ergométrico em Abril 2017, sem alterações. Em março de 2018, paciente apresentou dor precordial importante (10/10) ao jogar futebol e procurou pronto atendimento.Realizado eletrocardiograma com presença de onda T apiculada e elevação ponto J de 1.5 mm em V2 e V3.Submetido à cineangiocoronariografia que evidenciou artéria descendente anterior (DA) com lesão importante em terço proximal, sem demais lesões.

DISCUSSÃO: O uso de BEs está associado ao aumento de agregação e disfunção plaquetária, hiperglicemia, bem como um aumento no total colesterol, triglicérides e lipoproteína de baixa densidade colesterol. A maioria dos efeitos biológicos das BEs é aparentemente mediada por um efeito inotrópico positivo na função cardíaca, que implica aumento da frequência cardíaca, do débito cardíaco e contratilidade, volume sistólico e pressão arterial. Worthley et al. administrou uma lata de BE sem açúcar a 15 adultos jovens saudáveis e observou que a agregação plaquetária foi substancialmente aumentada até para 134%, enquanto a função endotelial foi inibida.Compostos das BEs como a taurina, a carnitina,e a glicuronolactona promovem disfunção endotelial e aterosclerose.

Conclusão: Esse relato tem como objetivo dar ênfase ao desencorajamento do uso de bebidas energéticas, sendo possível fator causal de IAM em indivíduos saudáveis.

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