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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Avaliação dos pacientes com estenose aórtica grave e alto risco cirúrgico não submetidos à TAVI

Mariana Oliveira Rezende, Auristela Ramos, Natasha Simões , Alexandre Andrade, Mônica Serrano Francischini, Caio Simões, Decarthon Vitor, David Le Bihan, Alexandre Abizaid, Dimytri Siqueira
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

 

INTRODUÇÃO : A Estenose Aórtica (EAO) é a doença valvar adquirida mais prevalente na população acima de 75 anos. A correção da valvopatia cirúrgica (TVA) ou transcateter (TAVR) é o tratamento mais efetivo.OBJETIVOS: Identificar quantos pacientes (pts) com EAO encaminhados o Heart team são encaminhados para TAVR, TVA ou ficam em tratamento conservador e qual a evolução a médio prazo dos pacientes que são excluídos do protocolo TAVR.MÉTODOS: Estudo prospectivo, em que foram avaliados pts com EAO grave, sintomáticos, de alto risco cirúrgico (2000- 2017), não candidatos à TAVR, encaminhados para TVA ou tratamento conservador. RESULTADOS: Avaliados 475 pts. Durante o screening 25 pts (5.26%) morreram, 326 (68,63%) encaminhados para TAVR e 124 pts em acompanhamento clínico ou submetidos à TVA. Características dos 124 pts: idade 80,66 ± 6,37 anos; 44,5%  NYHA III; STS score 6,8 ± 5,27 %; 31 pts (25,6%) com insuficiência mitral grave, FEVE 55,84 ± 15,35%, ClCr 48,37 ± 17,67. Razões clínicas que levaram os pacientes a não serem encaminhados para TAVR: baixo risco cirúrgico, idade inferior a 75 anos, trombo no VE e contra indicação ao uso de antiplaquetários. Razões anatômicas que contra indicaram: acesso vascular inadequado e válvula aórtica bicúspide. Destes 124 pacientes, 31 (25%) foram submetido à troca valvar convencional e 93 (75%) pacientes ficaram em tratamento clínico. Os pts foram mantidos em tratamento clínico pelos seguintes motivos: expectativa de vida menor que um ano, recusa ao procedimento, ausência de sintomas, EAO moderada. Quando comparados os pts clínicos com os de TVA: os pts clínicos eram mais idosos (81,91 ± 6,1 versus 76,87 ± 5,71, p < 0,01), tinham menor peso (64,2 ± 16,2 versus 70,5 ± 11,6, p = 0,011) e menor ClCr (45,17 ± 17,5 versus 56,6 ± 15,4, p = 0,002).  Houve diferença em relação ao STS score (7,2 ± 5,23 no subgrupo clínico versus 5,7 ± 5,31 no subgrupo cirúrgico, p < 0,004). Os pts encaminhados para cirurgia eram mais sintomáticos (p = 0,023). Já a FEVE, o gradiente médio, a área valvar, o diâmetro diastólico e sistólico final do VE foram semelhantes em ambos os grupos. Em relação aos 93 pacientes que permaneceram em tratamento clínico, 43 (46,2%) evoluíram para óbito em um intervalo de 56 meses. Já os 31 pacientes encaminhados para o procedimento cirúrgico, sete (22,6%) evoluíram para óbito, em um intervalo de 47,4 meses. 

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