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TAXAS DE ÓBITOS NOS SERVIÇOS DE SAÚDE DE SÃO PAULO: CONSEQUÊNCIAS DE SER A MAIOR METRÓPOLE E REFERÊNCIA NACIONAL

MINUCCI, G. S., REIS, S. M.
Universidade Federal de São João del-Rei - São João del Rei - MG - Brasil

 

Introdução: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo e a segunda principal no Brasil. Em nível global, elas representam 31% de todas as mortes registradas. Os serviços de saúde do estado de São Paulo (SP) oferecem os mais diversos e eficazes tratamentos clínicos, cirúrgicos e de reabilitação na área de cardiologia e de cirurgia cardíaca. Resultado da metropolização da região desde 1980, teve-se a reorganização dos limites administrativos e de saúde do país, definindo novos processo, modelos e fluxos de saúde, recebendo casos de alta complexidade e risco de óbito. Objetivos: Analisar o número de óbitos e taxas de mortalidade em procedimentos hospitalares nos serviços de cardiologia e cirurgia cardiovascular referenciados no estado de SP. Métodos: Análise descritiva e transversal a partir dos dados disponíveis no DATASUS entre os anos de 2015 e 2019. Resultados: No período analisado, foram registrados um total de 1.345.705 internações hospitalares para procedimentos de tratamento e correção de doenças e eventos cardiovasculares no estado de SP. O número total de óbitos nesse tipo de procedimento foi 124.258, com taxa de mortalidade média de 9,2%. Os procedimentos que apresentaram maior número de óbitos foram tratamento de insuficiência cardíaca (com 27.994 óbitos em 201.253 internações e taxa de mortalidade de 13,9%); tratamento de infarto agudo do miocárdio (com 14.378 óbitos em 109.382 internações e taxa de 13,1%) e tratamento de transtornos respiratorios e cardiovasculares do período neonatal (com 7.575 óbitos em 62.292 internações e taxa de 12,1%). Já os procedimentos que registraram maior taxa de mortalidade foram correção de dupla via de saída do ventrículo esquerdo (100% com 1 internação); tratamento de parada cardíaca com Ressuscitação (76% em 6.747 internações); e correção de hipoplasia de ventrículo esquerdo (57,7% em 52 internações). Conclusão: A partir dos dados coletados, vê-se que os maiores números de óbitos estão naqueles procedimentos que tem mais internações. A grande quantidade de internações também se deve a SP ser referência nacional de tratamentos na área cardiovascular, e, assim, tem seus índices epidemiológicos atravessados pelo fato de abrigar a maior metrópole nacional e da América Latina e ser referência especializada em saúde. Os procedimentos com maior taxa de mortalidade são referenciados ao estado quando o acompanhamento ambulatorial e a abordagem local já não conseguem lidar com os casos, encaminhando-os em estado mais grave, com casos mais delicados e maior tempo de progressão da doença.

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