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PROCEDIMENTOS DE ALTO CUSTO: O QUE MAIS ONERA O ESTADO DE SÃO PAULO?

REIS, S. M., MINUCCI, G. S.
Universidade Federal de São João del-Rei - São João del Rei - MG - Brasil

 

Introdução: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo e a segunda principal no Brasil. Em nível global, elas representam 31% de todas as mortes. Os serviços de saúde ofertam diversos tratamentos clínicos, cirúrgicos e de reabilitação na área cardiovascular. Todos eles solicitam gastos do Governo e Planos de Saúde, incluindo desde oferta de procedimentos à ações e políticas nacionais. Objetivos: Identificar e analisar os procedimentos cardiovasculares em âmbito hospitalar com maior custo total ao estado de São Paulo (SP). Métodos: A partir do DATASUS, foram coletadas informações sobre as internações, o custo total e o custo médio dos procedimentos cardiovasculares realizados entre os anos de 2015 e 2019. Resultados: No período analisado, foram registradas 1.345.705 internações para realização de procedimentos cardiovasculares em âmbito hospitalar no estado de SP, cerca de 10,66% do total geral de internações no estado (12.620.207). O gasto total dos procedimentos cardiovasculares foi de R$3.672.231.998,72 e o custo médio por procedimento registrado foi de R$10.853,538. O procedimento com maior custo total foi o tratamento de transtornos respiratorios e cardiovasculares específicos do período neonatal (TTRCEPN), com valor aproximado de R$420.982.095,55 para 62.292 internações, com valor médio de R$6.758,2 e diminuição de 11,28% desse valor durante o período, apesar de o número de internações sofrer poucas variações. Em segundo lugar está a angioplastia coronariana com implante de stent com custo aproximado de R$332.293.578,35 para 201.253 internações e valor médio de R$5.369,36, com aumento de 11,11% no número de internações e aumento de 2,1% no valor médio. Depois disso, o tratamento para Insuficiência Cardíaca demandou R$328.458.827,71 para 201.253 internações, com valor médio de R$1.632,07, com diminuição de 11% no número de internações e aumento de 7,18 % no valor médio. Conclusão: Conclui-se que os procedimentos cardiovasculares geram altos custos em São Paulo, correspondendo a 21,65% do total gasto com procedimentos hospitalares. Dentre os três procedimentos mais onerosos, somente o TTRCEPN apresentou redução no valor médio por internação, enquanto nos demais houve aumento. É possível questionar se existe associação entre esses fatos e a mudança no grau de complexidade das internações, com maior abrangência da atenção básica e do nível ambulatorial e/ou o emprego de novas técnicas e equipamentos atualizados e mais desenvolvidos.

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