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Implante percutâneo transeptal de bioprótese em disfunção de prótese valvar cirúrgica mitral - Experiência multicêntrica brasileira

Nicz, PFG, Melo, PHCM, Freire, AFD, Cavalcante e Silva, R, Oliveira, MAP, Bacal, F, Tarasoutchi, F, de Brito Jr, FS, de Brito, PHF, Lima, EN
Hospital São Camilo - SP - São Paulo - SP - Brasil, INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Fundamento. A intervenção percutânea em pacientes com disfunção de prótese biológica mitral apresenta-se como uma alternativa ao tratamento cirúrgico convencional.

Objetivos. Relatar a primeira experiência brasileira de implante transcateter de bioprótese valve- in-valve mitral via transeptal (TMVIV-transeptal). 

Métodos. Foram incluídos pacientes portadores de disfunção de bioprótese cirúrgica submetidos ao TMVIV-transeptal em 17 hospitais brasileiros. Foram considerados estatisticamente significativos valores de p<0.05.

Resultados. Entre junho de 2016 e fevereiro de 2020, trinta pacientes foram submetidos ao implante transcateter de bioprótese valvar (VIV) em posição mitral. A mediana de idade foi 77 anos (IIQ 71-82), a mediana do escore STSPROM 11,3% (IIQ 7,5-19,7), 97% dos pacientes apresentavam sintomas limitantes de insuficiência cardíaca (CF≥3) e nove deles submetidos a mais de uma toracotomia prévia. A maioria dos casos (51,9%) apresentavam estenose pura da bioprótese cirúrgica, 22,2% disfunção mista e 25,9% com insuficiência isolada. O posicionamento e implante da prótese foram realizados com sucesso em todos os pacientes. A avaliação ecocardiográfica demonstrou redução significativa do gradiente médio (pré-intervenção 12±3,8mmHg, pós-intervenção 5,3±2,6mmHg, p<0,001) assim como aumento da área valvar mitral (pré-intervenção 1,06±0,59cm2, pós-intervenção 2,18±0,36cm2, p<0,001) sustentados em 30 dias. Houve redução significativa e imediata da pressão sistólica de artéria pulmonar com redução adicional em 30 dias (pré-intervenção 68,9± 16,4mmHg, pós-intervenção 57,7 ± 16,5mmHg; 30 dias 50,9 ± 18,7mmHg, p<0,001). Durante o seguimento, com mediana de 157 dias (IIQ, 69-480), observou-se marcada melhora clínica (CF≤ 2) em 83,3% dos pacinetes. Um (3,3%) paciente apresentou obstrução de via de saída de ventrículo esquerdo (VSVE), evoluindo para óbito logo após o procedimento.

Conclusão. A primeira experiência brasileira de TMVIV-transeptal demonstra a segurança e efetividade dessa nova técnica. A obstrução da VSVE é uma complicação potencialmente fatal, reforçando a importância da seleção dos pacientes e planejamento do procedimento. 

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