Introdução: A parada cardiorrespiratória (PCR) é definida como a cessação súbita da atividade mecânica do coração, da circulação e da respiração, situação na qual o indivíduo encontra-se em apneia e não apresenta pulsatilidade, podendo apresentar rebaixamento de consciência e sinais de déficit circulatório. Nesse sentido, a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) consiste num conjunto de medidas que visam manter a circulação sanguínea aos órgãos vitais até que se restabeleça um fluxo espontâneo da circulação no organismo. Objetivos: Analisar e comparar os dados das internações para tratamento de PCR em situação nacional e no estado de São Paulo (SP); Avaliar o progresso dos dados avaliados durante o período analisado. Métodos: A partir da base de dados de domínio público DATASUS, foram coletadas informações acerca do número, valor total e valor médio de internações, tempo médio de permanência, óbitos e taxa de mortalidade relativas ao tratamento de PCR no estado de São Paulo (SP) e no restante dos estados do país dentre os anos de 2015 e 2019. Resultados: No período analisado, foram registradas 6.777 internações para tratamento de parada cardíaca com ressuscitação em SP, o maior valor dentre os estados brasileiros. O tempo médio de hospitalização foi de 6,5 dias.. O número de óbitos foi de 5.148 em SP, o maior valor dentre os estados. Quanto a mortalidade, constatou-se uma taxa de 75,96% em SP durante o período. O valor total foi de R$ 13.101.093,29, o maior dentre todos os estados. O valor médio por internação para tratamento de parada cardíaca com ressuscitação nos últimos cinco anos em SP foi de R$ 1.933,17. Conclusão: Pode-se concluir que o estado de São Paulo apresenta o maior número de internações e de óbitos no caso de PCR com RCP, além do maior valor total para tratamento, se comparado com outros estados. Durante o período analisado, houve aumento do número de óbitos e da taxa de mortalidade acompanhados de redução do valor médio por internação e da média de permanência hospitalar referentes à parada cardíaca. Esses dados podem indicar piora ou redução de recursos financeiros destinados para o tratamento, ou pouco desenvolvimento de técnicas, medicamentos, suporte e equipes treinadas a nível hospitalar para atendimento a pacientes em PCR.