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Risco cardiovascular em moradores hipertensos autorreferidos em situação de vulnerabilidade de rua

Larissa Moreira Monte, Claudia Cristina Soares Muniz, Everaldo Muniz de Oliveira, Vanderlan Eugênio Dantas, Higor Braga dos Santos, Giovanna Guimarães, Ruth Aparecida Alves Guimarães, Laís Lorrayne da Silva
Universidade Nove de Julho - São Paulo - São Paulo - Brasil

Introdução: A hipertensão arterial sistêmica é uma condição clínica multifatorial e crônica, associada às alterações metabólicas que possuem relação com eventos cardiovasculares, fatais ou não, onde há prevalência da pressão artéria (PA) elevada, acima para a faixa etária. Com o agravo das desigualdades sociais no Brasil, houve um aumento no número de pessoas em situação de vulnerabilidade de rua. As doenças cardiovasculares (DCV) são preocupações para as políticas nacionais de saúde, por sua alta prevalência e baixo controle, atrelados aos aspectos ambientais, socioeconômicos, fisiológicos e os fatores de riscos (FR) ligados a este público, aumenta a morbimortalidade desses indivíduos. Diante disso, objetivamos detalhar os FR na população vulnerável de rua hipertensa autorreferida e associar com os riscos cardiovasculares. Método: Consistiu em estudo de campo de caráter exploratório, transversal e quantitativo, designados 40 voluntários em situação vulnerável de rua, região central de São Paulo, faixa etária entre 18 a 60 anos; submetidos a um questionário semiestruturado, nos meses de agosto de 2018 a janeiro de 2019; caracterizando o perfil sócio demográfico, presença de FR para DCV associadas à mensuração da PA e frequência cardíaca (FC) seguindo as Diretrizes preconizadas. Aprovado pelo Comitê de Ética institucional, respeitando as normas atuais. Discussão e Resultados: A média de idade é de 44 anos, onde 53% são autodeclarados pardos e a média da PA foi 134x88mmHg com FC 91bpm. 73% são sedentários, 68% tem histórico familiar para doença arterial coronariana, 50% já tiveram Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e 15% Acidente Vascular Encefálico (AVE). Usam drogas ilícitas, 35%, causando hiperestimulação do sistema nervoso simpático e 55% são etilistas e 63% tabagistas, cujos hábitos provocam alterações ligadas à morbimortalidade cardíaca como toxicidade e lesões a vasos importantes.Ademais, alimentação irregular causa alteração na microviscosidade das membranas celulares e na circulação sanguínea, acumulando placas ateroscleróticas, ensejos diretamente ligados à etiologia de IAM ou AVE. Conclusão: Foi observado no estudo que indivíduos vulneráveis de rua são mais predispostos a desenvolverem DCV’s graves e potencialmente fatais. Os FR elucidados, associados às desigualdades socioeconômicas e a falta de autocuidado, fomentam o surgimento das DCV’s e infecto contagiosas. Foram realizadas intervenções, com a distribuição de kits de higiene pessoal, palestras estimulando o autocuidado,alertando os perigos dos hábitos nocivos, prevenção e promoção a saúde.

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