Introdução: As malformações congênitas do aparelho circulatório são fatores que contribuem contundentemente para a mortalidade infantil. O sistema cardiovascular é o mais afetado por alterações congênitas, associado ou não a outras variações. O impacto dessas anomalias nos índices de mortalidade depende de vários fatores, como qualidade e disponibilidade de tratamento especializado. Objetivos: Analisar quais as malformações congênitas cardiovasculares são mais prevalentes no estado de São Paulo. Métodos: A partir do DATASUS, foram coletadas informações sobre as internações para avaliação e correção de alterações congênitas do aparelho circulatório entre os anos de 2015 e 2019. Resultados: Durante o período, foram analisados os dados de internações hospitalares e, ao todo, foram 5.676 para correção e tratamento de malformações congênitas cardiovasculares no estado de SP, com um crescimento registrado de 44%. As internações que tiveram maior número, de todos os 34 procedimentos levantados, foram correção de PCA, com 651, representando 11,5% do total, com redução de 5% durante o período, Também se seguem a correção de Tetralogia de Fallot e variantes, que somam 281 internações, com crescimento de 16%. As que tiveram maior crescimento percentual durante o período foram correção de coarctação de aorta (com crescimento de 38%) e correção de canal atrio-ventricular (crescimento de 121%). Conclusão: Com a coleta de dados, pode-se perceber as malformações congênitas mais registradas no estado de SP, considerando-as enquanto próprias da população local e também os casos referenciados de outras regiões, tendo SP o centro de referência para muitos procedimentos. Fica claro a persistência dos quadros clássicos de PCA e Tetralogia de Fallot, além do aumento de outros quadros. Deve-se ter em mente que além da prevalência comum e estável, também tem-se o desenvolvimento dos procedimentos diagnósticos e adoção de exames de rotina em alas de neonatologia, além de melhora na prevenção primária e intervenção precoce na gestação e nos hábitos parentais, com as políticas de humanização da assistência ao pré-natal, parto e nascimento.
