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ANÁLISE EPIDEMIOLOGICA DO TRATAMENTO DE CRISE HIPERTENSIVA NAS REGIÕES BRASILEIRAS EM 10 ANOS

Thaís Lemos de Souza Macêdo, Amanda Santana Ferreira, Sara Cristiane Marques dos Santos, Pietra Moreira Vieira, Mayara Souza Arêas, Louise Moreira Vieira, Daniela Maria Ferreira Rodrigues, Ivana Picone Borges de Aragão
Universidade de Vassouras - vassouras - RJ - Brasil

As crises hipertensivas são ocorrências clínicas que podem representar mais de 25% dos atendimentos a urgências médicas¹, sendo responsável por 3% de todas as visitas às salas de emergência. Nos quadros relacionados a estes atendimentos, a emergência hipertensiva é a entidade clínica mais grave que merece cuidados intensivos. O estudo objetiva analisar o atual panorama de crise hipertensiva no Brasil e correlacionar com a epidemiologia atual.Realizou-se uma revisão sistemática da literatura e uma coleta observacional, descritiva e transversal dos dados de tratamento da crise hipertensiva, disponíveis no DATASUS – Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH) no período de dez/2008 a dez/2018 e artigos disponíveis em Scielo, Lilacs e PubMed. No período analisado observaram-se 940.847 internações para a realização de procedimentos de tratamento da crise hipertensiva, representando um gasto total de R$258.187.669,21, sendo 2009 o ano com maior número de internações (124.613) e maior valor gasto durante o período (R$31.917.020,46). Do total de procedimentos, 63.614 foram realizados em caráter eletivo, 877.231 em caráter de urgência e 2 por outras causas, tendo sido 940.847 considerados de média complexidade. A taxa de mortalidade total foi de 1,42, correspondendo a 13.318 óbitos, sendo 2016 o ano com taxa de mortalidade mais alta - 1,67, enquanto o ano de 2009 apresentou a menor taxa - 1,26. A taxa de mortalidade dos procedimentos eletivos foi de 0,69 em comparação a 1,47 nos de urgência. A média de permanência total de internação foi de 3,3 dias. A região brasileira com maior número de internações foi a Nordeste com 359.069, seguida da região Sudeste com 290.134, Sul com 111.149, Norte com 105.751 e, por último, a região Centro-Oeste com 74.744 internações. Entre as unidades da federação, o estado de São Paulo concentrou a maior parte das internações, contabilizando 150.942. A região com maior número de óbitos foi a Nordeste com 5.280 casos, enquanto a região Centro-Oeste apresentou o menor número, com 805 óbitos registrados. A região Sudeste apresentou a maior taxa de mortalidade (1,66), seguida pela região Nordeste (1,47). Já a região Sul apresentou a menor taxa, com valor de 0,93. Pode-se observar um alto número de internações, principalmente, de caráter de urgência e do valor investido no tratamento da condição. Reflete-se a necessidade do maior investimento na prevenção primária para evitar que mais indivíduos evoluam para hipertensão, e na prevenção secundária reduzindo o número de pacientes que evoluem para as crises hipertensivas.

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