Introdução: A Tetralogia de Fallot é uma das cardiopatias congênitas (CC) mais prevalentes nos pacientes brasileiros (HUBER, J. et al, 2010) . E assim como as demais CC se faz necessário o tratamento adequado aos acometidos, principalmente, porque 50% das crianças portadoras podem evoluir em óbito até o primeiro ano de vida quando não aplicada as medidas cabíveis (NINA, R. et al, 2007). Objetivo: Avaliar e quantificar as variáveis socioeconômicas do tratamento da doença, baseado em dados estatísticos dos pacientes submetidos a cirurgia de correção. Materiais e métodos: Estudo observacional, descritivo e transversal dos dados disponíveis no DATASUS – Produção Hospitalar do SUS (SIH/SUS) – de setembro/2013 a setembro/2018, avaliando aspectos por região como número e caráter de internações, taxa de mortalidade, e gastos relacionados ao quadro da tetralogia de fallot. Resultados: No período analisado foram realizadas 1292 internações, sendo a região Sudeste a com mais relatos (580), seguida da região Nordeste (316), Sul (253), Centro-Oeste (96) e Norte (47). Cerca de 61% dos procedimentos foram realizados por caráter eletivo e 39% em regime de urgência. A taxa de mortalidade total foi de 10.53 durante todo o período analisado, sendo a região Centro - Oeste a com maior significância (21.88) e 2016 como o ano de maior taxa (12.02). O total de óbitos foi de 136, maior na região Sudeste (40), seguido do Sul (35) e Nordeste (34) e 2017 como o ano em que houve mais óbitos (29), não sendo observado um padrão de evolução ou declínio perante os anos. A média de internação total em todo o período foi de 16.2, sendo o ano de 2016 com maior valor (17.3), tendo a região sul com a maior média durante todos os anos (20.0). O valor total com gastos do quadro foi de 30.687.217,25 reais, com a região Sudeste sendo a maior contribuinte – 13.829.656,85 reais, e Norte a menor – 1.114.395,79 reais. Conclusão: Sendo assim, foi observado que entre as regiões brasileiras a região Sul maior número de internações em relação a sua população, e a a região Sudeste foi a que apresentou maior número de óbitos mesmo sendo a região com maior investimento destinado ao tratamento cirúrgico da Tetralogia de Fallot. Concluímos então que é ainda necessária uma atenção especial tanto no campo das pesquisas como na administração de verbas destinadas ao quadro, para que possamos assim reduzir os índices de mortalidade relacionados a essa condição.