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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Relato de caso sobre comunicação interventricular pós-infarto agudo do miocárdio com evolução para insuficiência cardíaca

Thiago Coelho Bandeca, Luis Fernando Soares Medeiros, Juliano Cesar dos Santos, Rodrygo Maltta Andrade, Ana Carla Siqueira Palheta
Hospital São Francisco - Ribeirão Preto - SP - Brasil

Introdução

Paciente, masculino, 43 anos durante o pós operatório de colecistectomia videolaparoscopica, evoluiu com edema progressivo de membros inferiores associado com dispnéia aos mínimos esforços. Deu entrada encaminhado de outro serviço para avaliação de possível complicação de infarto agudo do miocárdio (IAM), em sua admissão apresentou sinais de insuficiência cardíaca. Realizou cateterismo cardíaco que evidenciou coronariopatia obstrutiva e presença de comunicação interventricular (CIV) de grande repercussão hemodinâmica com possível aneurisma de ventrículo esquerdo, seguido da necessidade de correção cirúrgica da CIV e revascularização do miocárdio. O paciente obteve uma boa evolução, apesar da alta taxa de mortalidade desta condição.

 

 

Discussão

O reparo da ruptura do septo ventricular (RSV) causador da CIV é necessário em todos os casos devido à alta taxa de mortalidade, se não for tratado. O momento da operação, no entanto, deve ser decidido individualmente para cada paciente. Apesar de o tempo da cirurgia ser uma decisão crítica, há circunstâncias que corroboram para que ela ocorra mais precoce ou tardiamente. Pacientes hemodinamicamente instáveis podem exigir cirurgia precoce, mas em pacientes estáveis que respondem ao tratamento médico, a reparação tardia pode ser a melhor opção. Por se tratar de um quadro grave, a literatura recomenda a correção o mais brevemente possível (até 7 dias). Em muitos casos, os cirurgiões ou cardiologistas intervencionistas aguardam até que o paciente se recupere para então operar.

A técnica cirúrgica de correção da CIV com abordagem cirúrgica usual pelo ventrículo esquerdo, usando pericárdio bovino, evitando ressecção de grandes áreas infartadas ou aneurismáticas, no momento mais precoce possível, estão em concordância com a literatura e com um desfecho positivo.

 

Conclusão

A comunicação interventricular é uma complicação importante pós-IAM, geralmente apresentando instabilidade hemodinâmica. Relatamos o caso atípico de um paciente submetido a um procedimento cirúrgico que no pós operatório apresentou sinais de insuficiência cardíaca devido a um IAM. Apesar das altas taxas de mortalidade da CIV, o diagnóstico e tratamento precoce e adequado foi essencial o desfecho positivo após terapia cirúrgica apropriada.

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