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Correlação entre tempo de internação hospitalar, via de acesso, complicações e óbito em pacientes cardiopatas, admitidos em um serviço público de urgência e emergência de Alagoas e transferidos para um centro de referência em cardiologia

Fracisco de Assis Costa, João Antonio Alves de Oliveira, Karina Magaly Fraga Silva Palmeira
HGE-AL, Hospital Veredas, UNIT, UFAL - Maceió - AL - Brasil

Introdução: Sabe-se do impacto que o tempo de permanência hospitalar exerce na morbimortalidade e aumento de complicações dos pacientes, assim como no considerável aumento dos custos hospitalares. Objetivo: Pesquisar a relação entre tempo de internação em pacientes com e sem doença arterial coronariana (DAC), admitidos no Hospital Geral do Estado, em situações clínicas de urgência e emergência cardiovascular, e transferidos para um centro de referência de alta complexidade em cardiologia. Métodos: Estudo observacional, transversal, gerado a partir de um banco de dados. No período de 01/2018 a 02/2019 foram estudados 309 pacientes, todos submetidos a cinecoronariografia (CINE) em um hospital terciário. Os pacientes foram transferidos para tratamento de DAC e insuficiência cardíaca, sendo 149 submetidos a tratamento clínico (48,2%), 88 a cirurgia de revascularização miocárdica (28,5%) e 72 a angioplastia coronariana (23,3%). DAC foi definida por diâmetro de estenose ≥ 50% em pelo menos uma artéria coronária, documentada à CINE. Fez-se a associação entre dias de internação, via de acesso (em casos de intervenção coronária percutânea - ICP), complicações gerais (infecções, hematomas, insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio, acidente vascular encefálico) e óbito.  Para a comparação entre variáveis categóricas foi utilizado o teste do qui-quadrado; p significante quando < 0,05. Resultados: A média de idade da população foi de 61,8 ± 11,0 anos, sendo 165 homens (53,4%), 144 mulheres (46,6%), 57,9% com idade ≥ 60 anos, FEVE média = 56,8 ± 13,9%, peso médio de 71,9 ± 14,5 kg, IMC médio de 26,4 ± 5,4, sendo que 180 pacientes (64,7%) apresentavam IMC ≥ 25 kg/m2. Vale salientar que dos 309 pacientes 160 (51,7%) tinham DAC à CINE. A tabela abaixo resume a associação entre tempo de internação hospitalar, via de acesso, em casos de ICP, complicações gerais e óbito. Conclusão: A maior permanência hospitalar aumentou o índice de complicações gerais e óbito na população estudada, com resultados estatisticamente significantes. Nos pacientes submetidos a ICP a via femoral aumentou significativamente o período de internação desses pacientes. 

Variável

n

internação (dias)

p

Complicações gerais

Sim

Não

 

 

31

  278

 

 

17,3 ± 6,7

12,3 ± 7,4

 

 

 

<0,01

Vias de Acesso

Sim

Não

 

215

94

 

13,5 ± 7,8

10,9 ± 6,1

 

 

<0,01

Óbito

Sim

Não

 

31

278

 

17,7 ± 6,9 

12,3 ± 7,4                               

 

 

 

<0,01

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