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Prevalência da síndrome metabólica em uma coorte de indivíduos com diabetes tipo 2: resultados do Brazilian Diabetes Study

Beatriz Martinelli Luchiari, Joaquim Barreto, Gabriela Machado, Marcus Lima, Jéssica Cunha, Vaneza Lira Waldow Wolf, Nestor Martins, Íkaro Breder, Daniel Munhoz, Andrei Carvalho Sposito
FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - - SP - BRASIL

Fundamentos: A síndrome metabólica é um importante fator de risco modificável de morbimortalidade, sendo que a presença de diabetes tipo 2 concomitante a esta potencializa o risco de cardiovascular. Há uma deficiência de dados nacionais com relação a prevalência da síndrome metabólica na população de diabéticos, a qual visamos descrever neste estudo. Porém, a prevalência dessa comorbidade difere para cada diretriz atribuída, não havendo consenso em sua definição.Métodos: Foi desenvolvido um estudo observacional transversal com participantes da coorte Brazilian Diabetes Study. Síndrome metabólica foi definida segundo a V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção de Aterosclerose como obesidade central avaliada pela circunferência de cintura (CC), tido como CC≥94cm para homens e ≥80cm para mulheres, sendo esta associada a pelo menos dois de quatro dos seguintes fatores: triglicérides ≥150mg/dL ou tratamento para hipertrigliceridemia; HDL <40mg/dL em homens e <50mg/dL em mulheres ou tratamento para dislipidemia; pressão arterial sistólica ≥130 ou diastólica ≥85mmHg ou tratamento para hipertensão arterial; glicemia de jejum ≥110mg/dL ou diabetes previamente diagnosticado. Todos os participantes possuíam diagnóstico prévio de diabetes tipo 2. Síndrome metabólica também foi avaliada segundo os critérios daInternational Diabetes Federation (IDF) e segundo a National Cholesterol Education Program (NCEP), sendo esta última recomendada pela I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica.Resultados: Foram avaliados 887 indivíduos, com média de idade de 57,75±8,05 anos e tempo médio de diabetes de 9,57±7,21 anos. Síndrome metabólica estava presente em 79,4%(n=810) pelos critérios da NCEP e em 90,2%(n=800) quando aplicada a diretriz brasileira e os critérios da IDF. Na amostra total, 83,7% apresentavam HDL reduzido ou estavam em tratamento para dislipidemia e 54,9% apresentavam triglicérides elevados ou estavam em tratamento para hipertrigliceridemia. O uso de estatinas foi de 40,8%(n=350). Ademais, 88,3% apresentavam pressão arterial elevada ou estavam em tratamento para hipertensão, sendo que 39,3%(n=336) faziam uso de bloqueadores de receptores da angiotensina e 12,1%(n=104) dos indivíduos faziam uso de inibidores da enzima conversora de angiotensina.Conclusão: Há elevada prevalência de síndrome metabólica nesta coorte de brasileiros com diabetes tipo 2, embora ocorra divergência quando diferentes diretrizes são aplicadas. Ademais, a maior parte dos indivíduos não estavam adequadamente tratados para hipertensão e dislipidemia. 

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