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Recanalização de oclusão coronariana crônica (CTO) da ADA ostial via transradial distal bilateral (dual coronary injection).

Adriano Caixeta , Marcos Danillo P Oliveira, Flavio G. Lyra, Valter Trigueiro C. Neto, Adriano H. P. Barbosa
Hospital São Paulo - Escola Paulista de Medicina - UNIFESP - São paulo - SP - Brasil

Oclusões totais crônicas (CTOs) são um cenário sobremodo desafiador para intervenções coronarianas percutâneas (ICPs).  Embora a via transfemoral ainda seja a mais comum, o acesso transradial (TRA) tem sido crescentemente utilizado, com semelhantes taxas de sucesso.
 
A adoção, pelo nosso grupo, do acesso transradial distal (dTRA) como padrão para cinecoronariografia (CINE) e ICPs foi recentemente publicada(1). Refinamento do TRA convencional, o dTRA apresenta inúmeras vantagens: maior conforto a paciente e operador, menos sangramentos, hemostasia mais rápida e substancial redução no risco de oclusão da artéria radial.
 
Homem, 45, hipertenso, angina típica aos mínimos esforços nos últimos 3 meses, teste ergométrico com franca isquemia em muito baixa carga, foi encaminhado para CINE, a qual evidenciou CTO ostial da artéria descendente anterior (ADA), com circulação heterocolateral Rentrop 3 (vídeos 1, 2 e 3) e contratilidade ventricular esquerda preservada (vídeo 4).
Após decisão consensual (paciente, familiares e heart team), optou-se por tentativa de ICP (complexa) da CTO ostial da ADA, realizada 2 semanas após a CINE, via dTRA bilateral 6Fr (dual coronary injection) - figura 1 e vídeo 5. Após cruzamento anterógrado do guidewire e múltiplas pré-dilatações, logrou-se recanalização da ADA, com stent farmacológico 3,5/22 cuidadosa e otimamente implantado a seu nível ostial-proximal (vídeos 6 e 7).  Significativa ponte miocárdica foi revelada a seu nível médio (vídeo 8). Obteve-se hemostasia adequada após apenas duas horas de compressão contínua com bandagem manufaturada de gaze (indisponibilidade de TR band), sem quaisquer sangramentos.  Os pulsos radiais proximais e distais bilaterais estavam normalmente palpáveis após a hemostasia e à alta hospitalar, na manhã seguinte, sem a ocorrência de quaisquer complicações clínicas ou relacionadas aos sítios de punção.
 
O uso da via transradial distal bilateral para ICPs complexas (CTOs) por operadores experientes é viável e seguro, com excelente conforto a pacientes e operadores e redução significativa de complicações relacionadas às vias de acesso arterial.

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