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INTERVENÇÃO CORONÁRIA PERCUTÂNEA EM BIFURCAÇÕES: ANÁLISE ATUAL SOBRE TÉCNICAS, DOSE DE RADIAÇÃO E VOLUME DE CONTRASTE UTILIZADOS

Gonçalves MD, Paquini LZ, Da Silva TKR, Martins TSD, Lima PD, Rolim VMB, Serpa RG, Barbosa RR, Barbosa LFM
Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória - Vitoria - ES - BR, Hospital Santa Casa de Misericórdia De Vitória - Vitoria - ES - BR

INTRODUÇÃO: A abordagem percutânea de leões em bifurcações coronárias está relacionada a procedimentos complexos e a maior risco de complicações precoces e tardias. Embora a estratégia provisional com um stent seja a mais comum, sendo recomendada na maioria dos casos e apresentando menor taxa de reestenose intrastent, a abordagem de lesões mais desafiadoras exigindo técnicas com dois stents é cada vez mais frequente. Este estudo teve como objetivo analisar as intervenções coronárias percutâneas (ICPs) em bifurcações quanto às técnicas utilizadas, e compará-las com dados de ICPs em lesões não-bifurcação.

MÉTODOS: Estudo prospectivo observacional unicêntrico realizado entre 05/12/2018 e 07/01/2020 por meio da análise de dados de ICPs. Foram comparados os casos considerados lesões em bifurcações (envolvimento de ramo lateral com diâmetro >2,0mm) com casos não-bifurcação. As variáveis analisadas foram tempo total de fluoroscopia, dose total de radiação, volume de contraste utilizado e via de acesso escolhida. O grupo bifurcação foi analisado quanto às técnicas utilizadas.

ANÁLISE ESTATÍSTICA: compreendeu os testes do qui-quadrado, de Fisher e t de student.

RESULTADOS: Foram realizados no total 785 procedimentos, dos quais 227 (28,9%) foram ICPs, sendo 58 delas (25,5%) em bifurcações. Na comparação entre bifurcação e não-bifurcação, observou-se sexo masculino em 70,7% vs66,9% (p=0,58), média de idade 68,5 ± 11 vs 65,6 ± 12 anos (p=0,14), tempo de fluoroscopia 22,8 ±13 vs 11,6 ± 8 minutos (p=0,001), dose de radiação 13.809 ± 9.018 vs 7.633 ± 5.217 mGy (p=0,001), volume de contraste 203 ± 125 vs 136 ± 92 ml (p=0,004). Observou-se diferença entre os grupos em relação à escolha da via de acesso (femoral = 48,3% vs 31,4%, radial/ulnar = 51,7% vs 68,6%, p=0,02). A técnica de ICP em bifurcações mais empregada foi a provisional com um único stent (67,2%). As demais técnicas utilizadas foram a T and Protrusion (TAP) (12,1%), Double-Kissing Crush (8,6%), T-stent (5,2%), V-stent (5,2%), Mini-Crush (3,4%), e Culotte (1,7%).

CONCLUSÕES: As ICPs em lesões tipo bifurcações resultaram em maior dose de radiação, maior tempo de fluoroscopia, maior volume de contraste e menor uso do acesso radial/ulnar em relação a lesões não-bifurcação. A técnica de ICP em bifurcações mais empregada foi a provisional com um stent. Diversas técnicas com dois stents foram também utilizadas, porém em menor proporção.

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