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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Efeito da força muscular nos parâmetros hemodinâmicos e hepáticos de pacientes cirróticos.

Janaina B.Moreira, Pedro A.C. Mira, Tamires F.Shaefer, Isabela S. de Paula, Tuany M. Limongi, Tarsila C.R.Ribeiro, Katia V.B.D.Barbosa, Fábio H.L.Pace, Daniel Martinez, Mateus C. Laterza
Investigação Cardiovascular e Fisiologia do Execício (InCfex)- UFJF - Juiz de Fora - MG - Brasil

Introdução: A cirrose hepática é caracterizada por comprometimento do sistema cardiovascular, diminuição da massa muscular e, consequente, perda da força muscular. Porém, será que existe relação entre força muscular e parâmetros clínicos desta doença? Assim, o objetivo foi avaliar a relação entre força muscular com os parâmetros hemodinâmicos e hepáticos de pacientes com cirrose hepática.

Método: Foram avaliados 16 pacientes com diagnóstico de cirrose hepática (9 homens e 7 mulheres, 54±12 anos idade, IMC 30±5kg/m²). A força muscular foi determinada pela força de preensão manual, obtida a partir da média de três tentativas de contração voluntária máxima do membro dominante (Saehan®). Após repouso de 15 minutos, em posição supina, foram registradas pressão arterial (PA; DIXTAL® 2022) e frequência cardíaca (FC; Polar®V800). Os exames bioquímicos de albumina, TGO, TGP, Tempo de Protrombina, Gama Glutamil Transpeptidase, Creatinina e Bilirrubina Total foram realizados no máximo até 2 meses antes da coleta dos dados. Foi realizado teste de correlação de Pearson e considerado significativo p < 0,05 (SPSS® versão 20.0). Resultados: A força de preensão manual foi de 28,7±10,3 kgf. Como esperado, os valores de albumina (3,9±0,4 g/dl), TGP (48±31U/L) e Creatinina (1,1±0,4 mg/dl) estavam dentro de parâmetros de normalidade. Por outro lado TGO (63,8±39,5 U/L), Tempo de Protrombina (1,2±0,2 s), Gama Glutamil Transpeptidase (189±176 UI/L), e Bilirrubina Total (2,5±3,9 mg/dl) estavam aumentados. Os pacientes apresentaram valores de pressão arterial sistólica (153±17 mmHg); diastólica (73±7 mmHg) e frequência cardíaca de repouso (67±11 bpm). Foi observada correlação positiva e significativa entre força de preensão manual e níveis de albumina (r=0,66, p=0,005).  Por outro lado, a força de preensão manual não foi associada à PA sistólica (r=0,02, p=0,93), PA diastólica (r=0,24, p=0,30), FC (r=0,24, p=0,36), TGO (r=0,21, p=0,32), TGP (r= 0,10, p=0,42),Tempo de Protrombina (r=0,13, p=0,62), Gama Glutamil Transpeptidase (r=0,39, p=0,12), Creatinina (r=0,18, p=0,51) e bilirrubina total (r=0,08, p=0,74). Conclusão: Melhor controle da função hepática, caracterizado por maiores valores de albumina sérica, foi associado a maiores valores de força muscular de preensão manual em pacientes com cirrose hepática. A força muscular não teve relação com os parâmetros hemodinâmicos.

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