SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Acesso transradial distal esquerdo como via de escolha para intervenções coronarianas em pacientes previamente submetidos a revascularização miocárdica cirúrgica.

Marcos Danillo Peixoto Oliveira , Rafael A.B. Viana, Maria EVR Garcia, Ednelson C Navarro, Glenda A. de Sá, Giovanna M Santos, Adriano Caixeta
Hospital Regional do Vale do Paraíba - Taubaté - São Paulo - Brasil, Hospital São Paulo-EPM-UNIFESP - São Paulo - SP - Brasil

Racional: pacientes (pcts) previamente submetidos a cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) com algum enxerto de artéria torácica interna esquerda (ATIE) são, via de regra, submetidos a cineangiografias (CINE) e intervenções coronarianas percutâneas (ICPs) por via transfemoral (TF). O acesso arterial transradial distal (dTRA) apresenta inúmeras vantagens: maior conforto a paciente e operador, menos sangramentos, hemostasia mais rápida e substancial redução no risco de oclusão da artéria radial (AR). Para pcts com CRM (ATIE) prévia, o dTRA esquerdo (ldTRA) pode ser uma opção para se evitar a clássica via TF e suas complicações. Objetivos: avaliar a factibilidade e a segurança do ldTRA como via de escolha para CINE e ICPs em pcts com CRM-ATIE. Métodos: de FEV/2019 a FEV/2020, todos os pcts submetidos a intervenções coronarianas via dTRA foram incluídos no “DISTRACTION registry”, o primeiro registro prospectivo brasileiro a avaliar o dTRA como técnica padrão. Do total de 1202 pcts consecutivos, 50 o foram via ldTRA por antecendente de CRM-ATIE. Resultados: As tabelas (figura) expõem as características dos pcts (50) e dos procedimentos (76). A média de idade da amostra foi 68.8 anos, com substancial maioria de gênero masculino (93.3%) e hipertensão arterial sistêmica (96%). Logrou-se inserção do sheath 6Fr via ldTRA em 47 dos 50 pcts (94%), com sucesso na punção da AR distal esquerda em todos, sempre sem auxílio de USG. Em 1 paciente, houve necessidade de complementação via dTRA direita (dTRA bilateral, devido a tortuosidades sobremodo acentuadas via ldTRA). Apenas em 3 pcts, fez-se necessária conversão à via TF, sempre após falha também pela via transradial esquerda convencional. Em 58% dos pacientes, procedeu-se a ICP (eletiva, primária ou ad hoc), sendo a coronária direita o território-alvo mais prevalente (38%). Não houve qualquer documentação, pelo método palpatório, de oclusão da AR esquerda (distal e proximal) à alta hospitalar. Não ocorreram eventos adversos cardíacos ou cerebrovasculares, bem como complicações maiores relacionadas às via de acesso. Conclusões: O uso rotineiro do ldTRA para intervenções coronarianas em pcts com CRM-ATIE prévia por operadores experientes parece ser factível e seguro, configurando-se como alternativa à clássica via TF, com vistas a se reduzirem complicações vasculares relacionadas a tal via de acesso.

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

41º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo