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COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR SUBAÓRTICA ASSOCIADA À MEMBRANA SUBAÓRTICA E REFLUXO IMPORTANTE DA VALVA AÓRTICA: UM RELATO DE CASO

Álvaro Perazzo, Mariana Ferreira Paulino , Vitória de Ataide Caliari , Caio César Coelho de Melo, Rafaela da Silva Portela , Pedro Rafael Salerno
Universidade de Pernambuco - Recife - PE - Brasil, Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco - Recife - PE - Brasil

INTRODUÇÃO

Das cardiopatias congênitas, a comunicação interventricular (CIV) é a mais frequente, acometendo 20 a 30% do número total de casos. Ela consiste numa falha do septo interventricular de tamanho variável, com consequente passagem de sangue do VE para o VD durante a sístole ventricular. Esse problema gera hiperfluxo pulmonar e possível hipertensão venocapilar pulmonar, o que contribui para os sintomas, como a dispneia.

O seguinte trabalho tem como intuito apresentar um caso raro de CIV diagnosticado tardiamente na infância, sua anatomofisiologia, sua clínica e seu tratamento cirúrgico. Foram evidenciados critérios que devem ser preenchidos pelo paciente para o tratamento de escolha ser cirúrgico. Existe também, a possibilidade em alguns casos, do tratamento conservador a depender do tipo de CIV e de procedimentos minimamente invasivos para o reparo da estenose subaórtica membranosa sem certas complicações. 

MÉTODO

Paciente S. S. S., 7 anos e 8 meses, sexo feminino, natural e procedente de Custódia/PE. Genitora refere que desde os oito meses de idade percebia o coração da paciente agitado, batendo rápido e com um chiado ao toque (sic). Paciente refere dispneia aos grandes esforços (brincar de bicicleta, correr) e três episódios de dor torácica no último ano. Nega cianose, lipotímia e síncope. Ao exame físico apresentava ritmo cardíaco regular em dois tempos com sopro sistólico (4+/6+) em bordo esternal esquerdo baixo com irradiação cruciforme e sopro diastólico em foco aórtico (4+/6+). Pulsos amplos; FC: 110 bpm; PA: 100x45 mmHg. Sem edemas. 

 

Ecocardiografia evidenciou CIV subaórtica e refluxo importante através da valva aórtica; Radiografia de tórax em PA mostrou sinais de aumento de AE e de VE.

 

 

 

RESULTADOS

As hipóteses diagnósticas levantadas foram comunicação interventricular associada à membrana subaórtica que levou à insuficiência da valva aórtica.

A paciente foi submetida à cirurgia de ventriculosseptoplastia com ressecção de membrana subaórtica e plastia aórtica para a correção das patologias. Ela passou 5 dias na UTI pediátrica após o procedimento. Evoluiu com melhora do quadro.

CONCLUSÕES

A comunicação interventricular (CIV) é definida como a ausência de tecido septal, o qual permite a comunicação entre os ventrículos. Dentre os defeitos cardíacos congênitos, é a mais frequente, podendo cursar com desenvolvimento de membrana subaórtica e gerar estenose e consequente insuficiência aórtica. Logo, é de extrema importância a busca ativa de anomalias congênitas desde o nascimento, a fim de um diagnóstico precoce.

 

 

 

 

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