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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Fatores preditores de estenose de artéria em rim transplantado: coorte retrospectiva de um grande centro de transplante.

Gabriel Kanhouche, Gustavo Rocha Feitosa Santos, Ana Carolina Buso Faccinetto, Attilio Galhardo, Henry Campos Orellana, Manoela Linhares Machado Barteczko, Adriano Henrique Pereira Barbosa
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil, HOSPITAL DO RIM - - SP - BRASIL

INTRODUÇÃO:Estenose de artéria renal é a complicação vascular mais comum nos pacientes submetidos a transplante renal. Com o aumento da disponibilidade de transplante, se faz necessário identificar e tratar melhor essa complicação, que é uma importante causa de perda do enxerto. Na literatura há poucos estudos com populações pequenas a respeito da estenose de artéria em rim transplantad (TRAS). Nosso estudo objetiva avaliar os fatores preditores de TRAS. MÉTODOS:Coorte retrospectiva, selecionando pacientes através do banco de dados Collaborative Transplant Study e prontuário. Foram incluídos no estudo os pacientes maiores de 18 anos, com suspeição clínica de TRAS através de piora da função renal e hipertensão, VPS >250m/s e  submetidos a arteriografia diagnóstica. Foram considerados TRAS os pacientes com lesão >50%. Os dados foram armazenados na plataforma RedCap. Através do Software R [V3.5.3] foi realizado a análise univariada e multivariada. RESULTADOS:Dos 6633 pacientes transplantados no período, 276 foram incluídos no estudo, sendo 166 no grupo TRAS tratados com stent e 108 no grupo controle. Em ambos os grupos há predomínio do sexo masculino, brancos e pacientes submetidos a hemodiálise. Comparativamente não houve diferença estatística em pacientes com hipertensão, dislipidemia, tabagismo, infecção por citomegalovírus, doadores de critério expandido e rejeição aguda pós transplante. Diabetes apresentou uma tendência maior no grupo TRAS, sem significância estatística (31,5% vs 20,6%; p= 0,06). Foi possível observar que os pacientes do grupo TRAS eram mais velhos (46,2 anos vs 40,9 anos; p=0.001), com maior tempo de atraso da função do enxerto (1,0 vs 0,7; p<0,001), com maior tempo de isquemia frio (21,4hrs vs 15,7hrs; p<0,001), com maior pressão sistólica (154,5mmHg vs 144,1mmHg; p<0,001) e pior creatinina (2,1mg/dl  vs 1,9mg/dl; p=0,018) que o grupo controle. Na análise multivariada, retransplante (OR:4.55; 95% CI= 1.26–21.94; p = 0.031), atraso da função do enxerto (OR:1.068; 95% CI= 1.015–1.132; p = 0.01), tempo de isquemia frio (OR:1.036; 95% CI= 1.011–1.064; p = 0.0004), e nefropatia hipertensiva (OR: 2.55; 95% CI= 1.28–5.29; p = 0.009) se mostraram como fatores de risco independentes para TRAS. [AUC 0.77 (95% CI: 0.717-0.829)]. CONCLUSÃO:Apesar da necessidade de estudos mais robustos, nosso estudo com uma das maiores populações na literatura sobre TRAS, apresenta reestenose, atraso da função do enxerto, tempo de isquemia frio e nefropatia hipertensiva como fatores de risco para essa complicação vascular no rim transplantado.  

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