SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

A importância do remodelamento reverso no prognóstico da Insuficiência Cardíaca com fração de ejeção reduzida

Pereira Barretto, AC, Abreu, AB, Ramos Neto, JA, Mansur, AJ, Scipioni, AR, Cardoso, JN
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução - Os portadores de insuficiência cardíaca evoluem com elevada morbi/mortalidade. A idade, a etiologia, o grau de comprometimento cardíaco, a presença de comorbidades, a necessidade de hospitalização por descompensação são importantes marcadores prognósticos. Por outro lado, a melhora de classe funcional, o tratamento com bloqueio neuro-hormonal otimizado estão associados a melhora do prognóstico. Neste estudo procuramos verificar o papel da melhora da fração de ejeção (FE) no prognóstico dos portadores de IC com FE reduzida <40% (ICFER).

Métodos – Através de análise do registro dos pacientes atendidos num Hospital terciário de São Paulo, verificamos os casos registrados com código I50 no ano de 2017 e os seguimos através dos registros até os dias de hoje. Avaliamos os dados demográficos em especial a fração de ejeção inicial e uma segunda no seguimento. Analisamos a mortalidade destes pacientes e correlacionamos esta mortalidade com o remodelamento apresentado no seguimento.

Resultado – Em 2017 passaram pelo Hospital 13.156 pacientes com IC. Destes 10.039 pac com idade média de 62,8 anos, sendo 55,7% homens, realizaram duas avaliações da função ventricular no seguimento. Considerando o tipo de IC 3873 (38,6%) apresentaram FE>40%, 1698 (16,9%) FE entre >=40 e 50%. No seguimento houve registro de morte em 5,5% dos casos. A mortalidade foi respectivamente de 6,1%, 3,8% e 5,6% segundo a FE descrita acima. Na população dos pac com FE reduzida (ICFER) 66,0% apresentou aumento da FE que passou de 27,5% para 41,9% tendo este grupo mortalidade de 4,8%. Em 28,5% dos paca FE reduziu passando de 31,7% para 25,5% sendo a mortalidade deste grupo de 8,7%.

Conclusões – O aumento da FE nos pac com ICFER foi frequente nessa população (66%) e acompanhada de importante redução da mortalidade (cerca de 50%), por outro lado a redução da FE identificou grupo de pior prognóstico com quase o dobro da mortalidade. Avaliação do remodelamento cardíaco com o tratamento estratifica muito bem a evolução dos pacientes. A melhora da FE é importante marcador de boa evolução e não sendo observada indica necessidade de reavaliar o tratamento. 

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

41º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo