Introdução: Ações em saúde contribuem para melhora da qualidade de vida e controle de fatores de risco associados à doenças cardiovasculares. Objetivo: incentivar a prática de hábitos de vida saudável e avaliar o impacto no perfil antropométrico, níveis pressóricos e exames bioquímicos de colaboradores de um hospital terciário de cardiologia na cidade de São Paulo. Métodos: estudo de intervenção aleatório realizado com colaboradores de um hospital terciário de cardiologia na cidade de São Paulo, em 2019. O programa teve duração de 16 semanas, com encontros semanais de 60 minutos. Os participantes receberam as orientações através de aulas expositivas ministradas por equipe multiprofissional. Os participantes foram avaliados no início e no término do programa quanto a exames bioquímicos (glicose, colesterol total e frações), pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura (CC) e aplicação do questionário de autocuidado com alimentação. Para análise estatística utilizou-se a comparação de médias o teste t de Student pareado, considerando p<0,05 como significante. Resultados: O programa contou com a participação de 38 colaboradores. O IMC médio pré e pós programa foi classificado e mantido como sobrepeso (29,02 ±5,25 vs. 28,55±4,97kg/m²; p<0,05) apesar da redução significativa do peso corporal (76,5±15,54kg vs. 75,3kg ±15,06kg) (p<0,05). Não observamos diferenças significativas nos exames bioquímicos e CC. Tanto a PAS como PAD apresentaram redução expressiva (PAS:122±13,53 vs. 115±14,1mmHg; PAD:75±8,58 vs. 71±9,33mmHg; p<0,05). Em relação à alimentação, houve aumento na frequência do consumo semanal de 3 porções de frutas (3,65 ±2,45 vs. 5,29±1,84 vezes/semana; p<0,05), de verduras e legumes no almoço e jantar (4,68 ±1,93 vs. 5,58 ±1,25 vezes/semana; p<0,05), de 3 porções de leite ou derivados magros (2,74 ±2,73 vs. 3,71 ±2,26 vezes/semana; p<0,05), de 1 porção de leguminosas (4,19 ±1,90 vs. 5,00 ±1,96 vezes/semana; p<0,05). Enquanto isso, houve redução da frequência semanal do consumo de alimentos ricos em gordura saturada (4,0 ±2,35 vs. 2,19 ±1,53 vezes/semana; p<0,05) e açúcar (4,03 ±2,10 vs. 2,48 ± 1,87 vezes/semana; p<0,05). Conclusão: 1)O programa de educação multiprofissional resultou em redução de peso corporal, IMC e PAS e PAD; 2)Houve melhora importante no padrão do consumo alimentar; 3)Inclusão de programas multidisciplinar de intervenção à saúde podem trazer benefícios e minimizar riscos de doenças crônicas não transmissíveis.
