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Disautonomia cardíaca após perda da gravidez

Claudia de Faria Cardoso, Natalia Tiemi Ohe, Luciana Aparecida Campos, Ovidiu Constantin Baltatu
CITÉ - São José dos Campos - SP - Brasil, Abu Dhabi University - Abu Dhabi - Abu Dhabi - Emirados, UAM Universidade Anhembi-Morumbi - São José dos Campos - SP - Brasil, Khalifa University - Abu Dhabi - Abu Dhabi - Emirados

Introdução: Embora o estresse esteja comumente associado a mudanças no sistema nervoso autônomo, poucos estudos sobre a disautonomia que ocorreria em Transtorno de Estresse Agudo (TEA) ou Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) após a perda gestacional.

O abortamento é a intercorrência mais comum na área obstétrica, com incidência de 15-20%, e pode afetar psicologicamente não só a mulher diante da perda, mas as pessoas do seu meio de convívio que participaram da notícia da gravidez. Cerca de 25% das mulheres que sofreram abortamento recebem diagnóstico de TEPT.

A hipótese de trabalho deste estudo foi de que os níveis de disautonomia estão associados à gravidade do TEA/TEPT em mulheres após a perda da gravidez.

Métodos: Foram realizadas 53 medições, com o uso de duas escalas - versão curta da escala de diagnóstico pós traumático e Lista de verificação do TEPT para o DSM-5 com Lista de eventos de vida para o DSM-5 e Critério A - para identificação da gravidade do TEA/TEPT, ambas escalas estruturadas de acordo com os critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (5ª edição). A avaliação da função autonômica cardíaca foi determinada através de medidas de variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em um teste de respiração profunda e realizada subsequente à aplicação das escalas.

Resultados: A modulação simpática e parassimpática refletida pelo desvio padrão de todos os intervalos RR (SDNN) foi significativamente maior em pacientes com sintomas agravados (moderado a grave) em comparação com aqueles com sintomas leves. O escore da versão curta da escala de diagnóstico pós traumático teve uma associação estatisticamente significativa com os índices da VFC (SDNN, porcentagem dos intervalos RR adjacentes com diferença de duração maior que 50ms, raiz quadrada da média do quadrado das diferenças entre intervalos RR normais adjacentes, em um intervalo de tempo). Com AUC de 0,83 +/- 0,06 (IC 95% 0,94; p <0,0001) do modelo ROC, o SDNN da VFC do teste de respiração profunda é adequado para distinguir pacientes com doença agravada (moderada a grave) de pacientes com doença leve.

Conclusão: A disautonomia cardíaca foi identificada em mulheres após a perda da gravidez e foi correlacionada com a gravidade do TEA / TEPT determinado em duas escalas.

 

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