Introdução: Apesar dos avanços no atendimento à PCR, a sobrevida dos pacientes continua baixa, com resultados neurológicos ruins, o que pode ser atribuído a dificuldades no atendimento, mas, também, à escassez de dados epidemiológicos e a falta de uniformidade no registro das informações. O In-Hospital Utstein Style foi proposto como uma forma de padronizar esses dados. Portanto, este estudo teve o objetivo de analisar a completude dos registros relacionados à PCR em relação ao In-Hospital Utstein Style. Método: Estudo retrospectivo, por meio de análise documental, de prontuários de pacientes maiores de 18 anos, submetidos a manobras de RCP, no período de 2012 a 2018, no serviço de emergência de um hospital universitário de alta complexidade. Os dados coletados pela equipe do setor foram comparados aos dados propostos pelo Utstein Style, sendo utilizado os testes Qui-Quadrado e Exato de Fisher (p-valor<0,05). Resultados: A amostra foi composta por 296 registros. As informações mais anotadas em relação ao atendimento foram: desfecho do paciente (96,3%), condição inicial do paciente (94,6%), realização de medicação intravenosa (75,7%) e intubação (73%). Médicos preencheram mais as variáveis relacionadas à causa imediata da PCR e ao estado neurológico do paciente e, enfermeiros, ao acesso venoso, medicações aplicadas, monitorização durante a PCR, abordagem das vias aéreas, horários dos eventos e provedores da RCP. Conclusão: Foram identificadas ausências e incompletudes nas informações relacionadas à PCR quando comparadas ao modelo Utstein.