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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

MICRORNAS CIRCULANTES COMO BIOMARCADORES DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: CORRELAÇÃO COM REMODELAMENTO MIOCÁRDICO.

Layde Rosane Paim, Luis Miguel Silva, Camila Toledo, Vinicius Citelli Ribeiro, Fernando Bianchini Cardoso, Thiago Ferreira de Souza, Ligia Antunes-Correa, Roberto Schreiber, Wilson Nadruz Junior, Otávio Rizzi Coelho-Filho
FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - - SP - BRASIL

Introdução: Apesar da ICFEp apresentar prognóstico similar a ICFEr, a fisiopatológico dessa condição não foi totalmente esclarecida. Os MicroRNAs (miRNAs) são um grupo de pequenas moléculas de RNA, que regulam a expressão de genes relacionados a diversas funções biológicas, podendo melhorar o entendimento da fisiopatologia da ICFEp.  Objetivo: Comparar a expressão sérica de miRNAs em pacientes com ICFEr e ICFEp correlacionando com o remodelamento por métodos de imagem. Métodos: 53 pacientes com IC sintomática (CFII/III), 22 com ICFEp (58±12anos, 60% mulheres, FEVE: 63±8%) e 31 com ICFEr (53±11anos, 48% mulheres, FEVE:36±10%) foram submetidos expressão de miRNAs pelo método TaqMan-OpenArray, avaliação clínica, laboratorial e de imagem (ressonância magnética cardíaca (RMC)). Resultados: Dentre os 754 miRNAs avaliados, 12 foram diferentemente expressos na ICFEp vs. ICFEr (miR-375-3p, let7g-5p, let7d-5p, let7c-5p, miR-128a-3p, miR-338-5p, miR-145-5p, miR-106a-5p, miR-103-3p, miR-335-5p, miR-766-3p, miR-130a-3p, p<0,005, figura-1).

 

Parte desses miRNA estão relacionados com vias associadas com remodelamento, como o miR-766-3p implicado na apoptose, sinalização de cálcio, moléculas de adesão, e o miR-335-5p implicado com adipocitocinas, aldosterona, sinalização de cálcio, apoptose e sinalização da MAPK. Dentre esses miRNAs, o miR-409-3p (r=-0,765; p=0,001) se associou com o volume do átrio esquerdo, e o miR-766-3p (r=-0,492; p=0,020) com a parede posterior na ICFEp e o miR-125a-5p (r=0,548; p=0,008) com a FEVE na ICFEr e o miR-335-5p esteve inversamente associado com volume diastólico (r=-0,572; p=0,002) e a massa VE indexada (r= -0,425; p=0,027) na ICFEp. O ECV pela RMC apresentou correlação com o miR-144# (r=0,784; p=0,012) na ICFEp e o miR127-3p (r=-0,499; p=0,025) na ICFEr. Enquanto o NT-proBNP apresentou boa discriminação da ICFEp (AUC 0,77; p<0,05), a incorporação dos miR-375, let7c, miR-106a, miR-766, miR-335 e miR-128a aumentou a AUC para 92% (p=0,017). Análise de reclassificação (NRI) e discriminação (IDI), confirmaram que a adição desses miRNAs melhorou o desempenho do modelo [NRI= 1,325 (IC 95% 0,880-2,000) e no IDI= 0,436 (IC 95% 0,206-0,703)]. Conclusão: Diversos miRNAs foram diferentemente expressos entre os pacientes com ICFEp e ICFEr, sugerindo que os miRNAs possam melhorar a caracterização atual da ICFEp. Esses achados abrem perspectivas para investigação de novos alvos terapêuticos na ICFEp modulados pela expressão de miRNA.

 

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