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FÍSTULAS ARTÉRIO-VENOSAS PULMONARES : RELATO DE CASO

VIRGINIA MARIA CAVALLARI STROZZE CATHARIN, YURI RIBEIRO BASSETO, VITOR CAVALLARI STROZZE CATHARIN, CAMILA MARTINS PAREDES
FACULDADE DE MEDICINA DA UNIMAR - MARÍLIA - SÃO PAULO - BRASIL

INTRODUÇÃO Fístulas Artério-Venosas Pulmonares(FAVP) são comunicações anormais entre os sistemas arterial pulmonar e venoso devido a um defeito nos capilares terminais que causam dilatação e formação de sacos vasculares. São infrequentes e evoluem com hipóxia intensa. A maioria é de etiologia congênita (80%) e também podem ser adquiridas. Caracteriza-se por um shunt e dependendo da magnitude deste, podem produzir hipoxemia, dispnéia aos esforços, tosse seca, cianose, hemoptise, policitemia e baqueteamento digital. O diagnóstico é por suspeita clínica, confirmando-se pelas imagens na TC de Tórax.O tratamento eletivo é a embolização percutânea ou cirúrgico com exerese localizada. RELATO DO CASO:  Descreve-se o caso de uma paciente de 75 anos, com dispnéia aos esforços associada à tosse seca. Negava tabagismo ativo e contato com poluentes. Apresentava policitemia importante,com realização de Hemograma mensal.O inicial resultou: Hb=20,5 g/dl e Ht=62,3%.Radiografia de Tórax evidenciava "imagens nodulares radiopacas homogêneas coalescentes em base pulmonar direita, sugestivas de malformação artério-venosa". TC de Tórax demonstrava "vasos proeminentes, exuberantes e tortuosos, aspecto serpigiforme, em terço inferior pulmonar direito, comunicando-se com vasos do hilo homolateral, com presença de trombo na emergência dos vasos grandes, compatíveis com FAVP". Optou-se pelo tratamento clínico, sendo medicada com medicações inalatórias em spray e Oxigenioterapia domiciliar por 15 h/dia, havendo melhoras clínica e laboratorial, com Hemogramas recentes que  acusaram :Hb= 13,4 g/dl e Ht= 45,2%.Mantém seguimento clínico até o presente. DISCUSSÃO: As FAVP podem também ser consideradas Aneurismas Artério-Venosos Pulmonares, sendo anomalias vasculares, geralmente de formas serpentiformes, comprometendo paredes dos capilares arteriais e venosos formando um shunt imenso, o qual desvia o fluxo sanguíneo da troca gasosa normal, levando à hipóxia crônica, e principalmente a Policitemia. A intensidade dos sintomas irá depender do tamanho da alteração e o grau de hipóxia. Para haver esses sintomas, as FAVP devem represar cerca de 25% do fluxo de sanguíneo, com SatO2 reduzida ostensivamente. Atualmente, tem-se uma paciente com FAVP múltiplas, provavelmente de etiologia congênita, levando à uma policitemia intensa, sendo que o tratamento clínico escolhido mostrou-se muito eficaz, com controle do quadro clínico e da qualidade de vida.

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