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Medicamentos anti-hipertensivos e mortalidade de idosos com hipertensão arterial. Resultados do estudo SARCOS com 1 ano de seguimento.

Alberto Frisoli Junior, Jairo Borges, monica cartocci , Angela Tavares Paes, Eliene Lima, Valdir Ambrosio Moises
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil

Hipertensão arterial (HAS) em Idoso aumenta incidência de insuficiência cardíaca cronica (ICC), acidentes vasculares encefálicos e mortalidade. O tratamento da HAS esta associada a redução da incidência desses desfechos. Entretanto, a redução excessiva da pressão arterial (PA) pode inverter essa relação em idosos. Com intuito de avaliar se a ação dos anti-hipertensivos sobre a mortalidade é mediada pela hipotensão arterial, nos avaliamos a ação desses medicamentos sobre a mortalidade idosos hipertensos em 1 ano.

Método: Análise longitudinal de 1 ano do estudo SARCOS sobre a epidemiologia de desfechos de vulnerabilidade de idosos com doenças cardiovasculares do ambulatório de Cardio Geriatria. Amostra: 621 Idosos ambos os gêneros. Variáveis cardiovasculares, número e tipo de anti-hipertensivos, fração de ejecção (FEVE). PA foi avaliada 2 vezes, com esfignomanômetro calibrado e paciente sentado, no início do estudo. Foram listados 16 medicamentos de uso rotineiro avaliados isoladamente e agrupados (ate 3, entre 4-5, >= 6 meds). Mortalidade aferida: 12 meses por chamada telefônica e causa óbito. Hipotensão foi considerada se PA<120x80mmHg (11,4%; n=53), ICC pela diretriz SBC (2012-2018), FEVE<=40%. Análise de regressão ajustada para gênero, idade, hipotensão, ICC, medicamentos (modelo I; n=560) e sub análise com FEVE<=40% e demais variáveis (modelo II; n=326).

Resultados:  HAS ocorreu 92,4%(n=560), 57,9% mulheres (p=ns) e média de idade 78,2(7,2) anos. A incidência de morte foi de 7,5% (n=42). Anti-hipertensivos associados a hipotensão arterial: carvendilol (p=0,011), furosemida (p=0,002), espironoloactona (p=0,009) positiva, enquanto amlodipina (p<0,001), losartana (p=0,020) e hidroclorotiazida (p=0,027) negativas; Com relação a mortalidade furosemida (p<0,001), espironolactona (p<0,001) e carvendilol (p<0,001) foram positivas e amlodipina negativa (p=0,009). Número de medicamentos não se associou com hipotensão e mortalidade. Na regressão logística para mortalidade no modelo I, carvendilol apresentou OR= 2,51 (1,06-5,95, p=0,036) e furosemida OR= 2,40 (1,06-5,41, p=0,034) e no modelo II apenas o carvendilol, com OR= 4,02 (1,27-12,75, p=0,018) manteve-se significativa, além da PA baixa OR=7,91 (2,32-26,96; p=0,001). Conclusão: Carvendilol é um preditor de mortalidade independente da FEVE, PA e demais anti-hipertensivos em idosos hipertensos em 1 ano. O valor preditivo da baixa pressão arterial na mortalidade não sofre influência do tipo e número de anti-hipertensivos, mas da FEVE.

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