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Trombo infectado em átrio direito associado ao cateter de hemodiálise: relato de caso

Tatiane Caliman Jorge, Caio Cezar Gonçalves, Laura Silveira Delgado, Vivian Tamy Fujisawa, Sylvio Jose Macedo Becker, Renato de Paula, Andreza Chaguri Vellenich, Nicole Lopes Veneziani, João Manoel Theotônio dos Santos
Instituto Policlin de Ensino e Pesquisas - IPEP - São José dos Campos - SP - Brasil

Trombo infectado em átrio direito associado ao cateter de hemodiálise: relato de caso

Introdução: Cateteres de longa permanência (CLP) são muito utilizados em pacientes dialíticos, enquanto aguardam fístula arteriovenosa (FAV), entretanto, seu uso prolongado pode levar a graves complicações mecânicas, infecciosas e trombóticas.

Objetivos: Relatar resolução do trombo infectado em átrio direito (AD) após antibioticoterapia e anticoagulação.

Descrição do caso: R.F.O, 32 anos, masculino, dialítico por nefropatia devido anabolizantes e portador de hipertensão arterial sistêmica, referia febre há 2 dias após 1 mês da implantação do CLP em veia subclávia direita (VSD). Durante a internação, realizado ecocardiograma transtorácico (ETT) sem alterações e hemocultura revelou crescimento de Enterobacter aerogenes. Foi prescrito ampicilina/sulbactam 12 g/dia por 21 dias, e após o término do tratamento, recebeu alta hospitalar em boas condições clínicas. Retornou após 14 dias com novo quadro febril, sendo iniciado empiricamente ampicilina/sulbactam 12 g/dia. Repetido ETT, que revelou trombo com cerca de 3,7 x 2,4 cm em átrio direito, foi indicada anticoagulação plena. Como houve crescimento de Klebsiella pneumoniae em hemocultura, foi substituído o esquema inicial por piperacilina/tazobactam 18 g/dia, vancomicina 2 g/dia durante 30 dias e mudança do local do cateter. Realizado ecocardiograma transesofágico, que mostrou trombo infectado no AD com 3 X 2,3 cm e imagem ecogênica na desembocadura da veia cava superior com o AD. Optou-se pela retirada do cateter da VJIE e implantação de novo CLP em veia femoral direita com confecção de FAV. Mediante uso de varfarina 5 mg/dia, os exames de controle com ETT mostraram progressiva redução do trombo em AD até a ausência dele dois meses após o início do tratamento.

Conclusão: Portadores de CLP em vigência de sinais de alarme correm risco de graves complicações, potencialmente fatais, uma vez que estão suscetíveis à evolução desfavorável caso não sejam investigados e manejados de forma adequada. Logo, o diagnóstico precoce pode levar a um melhor desfecho clínico para o paciente.

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