INTRODUÇÃO: A Síndrome de Down (SD) é a doença cromossômica mais comum afetando 1/660 nascidos vivos. Uma das maiores causas de morbimortalidade precoce nessas crianças é a associação com Cardiopatias Congênitas (CC), acometendo em média metade dos bebês. A idade materna possui uma relação direta com a incidência de SD, sendo o único fator de risco bem documentado para a trissomia, embora esse mecanismo ainda não esteja bem compreendido. OBJETIVO: Esse estudo tem como objetivo relacionar a idade materna com a incidência de Cardiopatias Congênitas em crianças com Síndrome de Down nascidas no Hospital e Maternidade Cândida Vargas (HMCV) em João Pessoa- PB no período de 2013-2019. MÉTODO: Realizou-se um estudo quantitativo-qualitativo em que foi coletado no banco de dados do Estudo Colaborativo Latino Americano de Mal Formações Congênitas (ECLAMC) e da Rede de Cardiologia Pediátrica casos de crianças com Síndrome de Down nascidas no HMCV, em que foram divididos em dois grupos: um com a idade materna menor que 34 anos e outro com idade a partir de 34 anos. Posteriormente, fragmentou cada um dos grupos em crianças com ou sem cardiopatia. RESULTADOS: No período de 2013 a 2019, observou-se o nascimento de 46 crianças diagnosticadas com Síndrome de Down. Conforme exposto observou-se que, dentre os 46 casos, 25 foram de mães acima dos 34 anos. Assim, foi visto que 17 crianças com SD apresentaram cardiopatias congênitas, em torno de 68%, enquanto que 8 não apresentaram.Dentre os casos de mulheres com idade abaixo dos 34 anos, os quais foram no total de 21, o resultado obtido foram 10 nascidos vivos com cardiopatias congênitas, aproximadamente 47,6%, contra 11 que não apresentaram cardiopatias, em torno de 52,4%.CONCLUSÃO: Nesse estudo, portanto, constatou-se que a incidência de crianças com SD cardiopatas é maior em casos de mulheres com idade mais avançada comparado com as mais jovens. Esses dados estão em consonância com outros estudos como nos realizados na Korea, Argélia e Canada que mostram a relação direta da idade materna mais alta com crianças com SD cardiopata. No entanto, há uma maior necessidade de estudos que comprovem definitivamente essa associação.